Os psicodélicos estão presentes em fungos, plantas, alimentos e também em especiarias que usamos diariamente na cozinha. Se combinados da forma correta, podem dar, de fato, uma “brisa”.
A culinária tem como base o bom uso de temperos e especiarias. Mas você sabia que os temperinhos que você tem na sua cozinha podem, se combinados da maneira correta, te dar “barato”?
Inclusive, o termo droga, que tem origem francesa, era usado para identificar substâncias químicas e farmacêuticas durante a Idade Moderna (1453 a 1789), e o plural da palavra era designado às especiarias e aos temperos.
Mas já falei muito, vamos logo ao que interessa, os cinco temperos que dão a famosa “brisa”, listados pelo site Mega Curioso.
Tirando o colonialismo, a pimenta-preta, conhecida popularmente como pimenta-do-reino, é uma das especiarias mais antigas e mais utilizadas do planeta.
Quando moída, ela pode ser usada na gastronomia para dar sabor e aroma ao prato. Esse sabor da pimenta-do-reino vem do composto presente em sua fórmula, a piperina.
Em outros tempos, quando o calor produzido pela pimenta-do-reino era mais intenso do que o de hoje, mastigá-la dava uma sensação de alegria. Era usada inclusive para diminuir sintomas de depressão.
A canela, vinda de árvores do gênero Cinnamomum, hoje usada em iguarias no Brasil como arroz doce e canjica, além de pratos tradicionais da culinária árabe, era misturada com óleo de cannabis para fazer massagens no Egito Antigo.
Diziam que essas massagens com a mistura eram capazes de conectar os ‘pacientes’ com as divindades.
Pesquisas recentes relataram que substâncias presentes na canela, quando misturadas com cannabis, causam efeitos psicodélicos.
Existe uma espécie de canela, do Ceilão, que é conhecida pelo uso como antidepressivo e ansiolítico.
A baunilha vem de orquídeas do gênero Vanilla e era usada por Maias e Astecas, juntamente com o cacau, resultando em um aumento da produção de anandamida, que resultava em uma sensação de euforia.
Anandamida?
A palavra anandamida tem origem do termo em sânscrito ”ananda”, que na tradução significa ” felicidade” ou ”alegria”, pois uma das propriedades deste endocanabinoide é estimular o humor.
Também chamada de N-araquidonoil-etanolamina (AEA), a anandamida é um neurotransmissor e agente de canabinoides, que funciona como um mensageiro de sinal para os receptores, chamados de “CB”, localizados pelo corpo.
O pesquisador Raphael Mechoulam, conhecido por sua inovadora pesquisa farmacológica sobre canabinoides, descobriu a anandamida pela primeira vez ao tentar responder a pergunta: “Por que nossos corpos contêm receptores canabinoides que são capazes de ter ligação com canabinoides externos, como THC e CBD?”
É importante destacar que o corpo produz anandamida sob demanda para restaurar a homeostase. Ela geralmente faz isso ajudando a regular a inflamação e sinalizando os neurônios.
Como é um canabinoide criado pelo corpo, ele se liga principalmente aos nossos receptores canabinoides CB1 e CB2, da mesma forma que um canabinoide exógeno como o THC faria.
A noz-moscada, muito utilizada na gastronomia, também é usada para dar um “barato”. Inclusive, não é indicado usar muita noz-moscada em pratos, pois, primeiro que rouba todo o sabor e, depois, pode causar efeitos alucinógenos em quem comer.
No século 12, músicos, estudantes e prisioneiros utilizavam a especiaria como alternativa à maconha, pois ela é capaz de estimular os receptores endocanabinoides e a inibição da quebra de dopamina, serotonina e adrenalina.
É preciso fazer um adendo: os possíveis efeitos colaterais consistem em boca seca, tontura, vômitos e delírios.
O açafrão é uma planta da família das iridáceas, usada como um ingrediente culinário no Mediterrâneo desde os tempos antigos, principalmente como corante.
Por séculos, essa iguaria foi considerada um poderoso afrodisíaco, com relatos de que era utilizada para melhorar a fertilidade.
Na Idade Média, o açafrão foi utilizado para aguçar os sentidos e promover estados de transe. Já na Idade Moderna, fumava-se a planta para tentar simular efeitos do ópio.
Em países como a China, utiliza-se o açafrão no tratamento da depressão, já que ele é capaz de aumentar a dopamina e o glutamato, reduzindo o mal-estar.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico, que poderá indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a prescrição até a importação do produto. Tire suas dúvidas.
Arthur Pomares
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por café, futebol e boa música. Axé.
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