Mulher produz fibras de cânhamo em processo artesanal e ancestral registrado em documentário. Foto: Hai Adur. Divulgação/ Social Weed
Acontece em Montevidéu, entre os dias 19 e 23 de outubro, a quarta edição do Festival Internacional de Cinema Canábico (FICC). Depois de Buenos Aires e Santiago, o FICC chega à capital uruguaia apresentando 29 filmes de 15 países, todos abordando a temática canábica em vários âmbitos culturais diferentesm, buscando discutir os direitos dos usuários de cannabis e romper com os estigmas sociais e culturais vinculados à planta e seus usos.
“O FICC abordará o uso de substâncias em um sentido mais amplo, incluindo a redução de danos, a saúde mental, os negócios e interesses por trás disso, a falta de informação e os porquês de algumas drogas serem legais e outras proibidas ou estigmatizadas”, explica a diretora e coordenadora da programação Malena Bystrowicz.
Os filmes competem em três categorias: longas-metragens de ficção, curtas-metragens e documentários. A agenda se estende por vários locais da cidade e não se resume a projeções. Haverá também apresentações musicais e debates sobre o acesso universal à cannabis, seu uso na gastronomia, entre outros assuntos. Todas as atividades têm acesso gratuito.
Além da competição, há ainda os filmes internacionais que serão destaque, como é o caso do “Hemp Fibre Lab”, um minidocumentário produzido pela Social Weed, um coletivo brasileiro radicado em Portugal.
O projeto é idealizado pelos brasileiros Erick Carmona, como produtor, e Marcel Favery, diretor de fotografia. Ambos residem em Portugal e desde 2017, criaram suas primeiras conexões para a expansão da Social Weed.
O curta disseca a produção artesanal de fibras de cânhamo por um grupo de mulheres de tradição ancestral. “O coletivo feminino 7 Irmãs tem como objetivo resgatar o passado através dos processos artesanais dos quais as fibras passam até se tornar o fio. O lado histórico do segmento têxtil é parte fundamental da cultura, principalmente em Portugal. Nossa intenção é proporcionar uma visão da cannabis por outros ângulos” explica o grupo, em entrevista ao Cannalize.
O coletivo ainda defende a cannabis como um conector natural entre as pessoas, e por isso a missão do grupo é se apegar a esta conexão para “propagar a cultura”: “Queremos despertar uma percepção positiva e uma compreensão autêntica da Cannabis e toda cultura ao redor, contando boas histórias, fornecendo informação e gerando conexões. Essa é nossa forma de ativismo: transformar histórias em arte.”
Para o Social Weed, participar do Festival Internacional do Cinema Canábico é “espetacular”: “é uma sensação de que o futuro está se tornando realidade, que tudo que a gente vem semeando de maneira orgânica vem florescendo.”
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Lucas Panoni
Jornalista e produtor de conteúdo na Cannalize. Entusiasta da cultura canábica, artes gráficas, política e meio ambiente. Apaixonado por aprender.
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