Você já ouviu falar da clamídia ou até mesmo teve essa doença sexualmente transmissível? No Brasil há cerca de 127,2 milhões de casos de clamídia.
A clamídia é uma doença infecto-contagiosa que pode atingir homens e mulheres sexualmente ativos, no caso das mulheres pode se manifestar de forma assintomática.
O agente transmissor da doença é a bactéria Chlamydia trachomatis.
Essa bactéria atinge a uretra e outros órgãos genitais conferindo ardor, dor ao urinar, aumento do número de micções e, em alguns casos, corrimento translúcido, principalmente no período da manhã.
Em casos mais raros, pode-se apresentar grande quantidade de pus.
Vale lembrar que é uma DST (doença sexualmente transmissível), transmitida em relações sem o uso de preservativos com parceiro portador.
O período de incubação é de aproximadamente quinze dias entre a relação sexual e o aparecimento dos sintomas.
Durante este período, o portador já pode ser capaz de transmitir a doença.
Causas
Como foi dito, a principal forma de contrair uma infecção com clamídia é através do contato íntimo sem camisinha com uma pessoa infectada, seja oral, vaginal ou anal.
Dessa forma, pessoas que têm vários parceiros sexuais, apresentam maior risco de ter a doença.
Além disso, a clamídia também pode passar de mãe para filho durante o parto, quando a grávida tem a infecção e não fez o tratamento adequado.
Principais Sintomas
Na maioria das vezes, pessoas com clamídia não apresentam sintomas da condição, o que dificulta com que a doença seja percebida rapidamente.
Para diagnosticá-la, é preciso realizar check-ups ginecológicos e urológicos pelo menos uma vez por ano.
Depois do contágio com uma pessoa infectada pela doença, podem levar cerca de 15 dias até que os sintomas iniciais comecem a ser notados.
Os principais sintomas são:
- Dor forte na região genital e barriga;
- Ardência ao urinar;
- Vontade frequente de ir ao banheiro;
- Dor durante as relações sexuais;
- Dor nos testículos (nos homens);
- Aparecimento de pus e de secreção por meio da uretra (nos homens);
- Corrimento amarelado ou claro (em mulheres);
- Sangramentos fora do período menstrual ou que acontecem durante as Relações sexuais (em mulheres).
Possíveis riscos na gravidez
A infecção por clamídia durante a gravidez pode causar alguns problemas, como:
- Levar ao parto prematuro;
- Baixo peso ao nascer;
- Morte do feto;
- Endometrite.
Como esta doença pode passar para o bebê durante o parto normal é importante realizar exames que possam diagnosticar essa doença durante o pré-natal e seguir o tratamento indicado pelo obstetra.
O bebê afetado durante o parto pode ter complicações como conjuntivite ou pneumonia por clamídia e estas doenças também podem ser tratadas com antibióticos indicados pelo pediatra.
Possíveis tratamentos
Mas afinal existe cura ou uma forma de tratamento?
A resposta é sim. O tratamento para curar a clamídia é feito com o uso de antibióticos receitados pelo médico, como a Azitromicina em dose única ou Doxiciclina em um período de 7 dias, ou conforme indicado pelo médico.
É muito importante que o tratamento seja feito tanto pela pessoa já portadora da bactéria quanto pelo parceiro sexual, ainda que o contato sexual tenha sido feito com preservativo.
Além disso, é recomendado que não se tenha relação sexual durante o tratamento para evitar o contágio da infecção.
Com o tratamento adequado é possível barrar completamente a bactéria, mas se surgirem outras complicações como a doença inflamatória pélvica ou infertilidade, elas podem ser permanentes.