Medicamentos à base de cannabis estão crescendo no país, assim como a quantidade de informações sobre a terapêutica. Embora o número de profissionais de saúde que prescrevem cannabis ainda não seja tão grande, sabe-se que a medicina é natural e traz menos efeitos colaterais do que fármacos convencionais.
Pensar em trocar esses medicamentos por cannabis é uma alternativa escolhida por exemplo para ansiolíticos, antidepressivos e anticonvulsivantes. Os estudos ainda estão em fase inicial, mas apontam para resultados positivos. Resultados divulgados por pesquisadores brasileiros apontaram que o CBD (canabidiol) possui propriedades ansiolíticas e não promove efeitos psicoativos.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo também fizeram um teste com 120 médicos do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Destes, 61 receberam o tratamento diário de 300mg de canabidiol e 59 pessoas receberam apenas o tratamento padrão.
Os resultados publicados no Journal of the American Medical Association (Jama) mostraram que 60% dos participantes que usaram CBD tiveram menor incidência de ansiedade; sintomas de depressão foram reduzidos em 50%; e de Burnout em 25%.
Estas são apenas algumas condições de saúde que podem ser tratadas com canabinoides, a lista é extensa e com o avanço das pesquisas tende a ser ampliada e mais aprofundada.
Segundo a Cannalize, portal de notícias sobre cannabis medicinal, cinco remédios tradicionais podem ser substituídos totalmente por produtos à base da planta, ou complementar tratamentos. Confira a lista.
A sertralina é um dos antidepressivos mais usados no país, principalmente para tratamento de ansiedade. Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mais de 2 milhões de brasileiros utilizam o medicamento, que pode causar alguns efeitos colaterais como sonolência, perda de memória e dores de cabeça.
Canabinoides podem ser uma boa opção, porque através do Sistema Endocanabinoide, que trabalha como um neuromodulador do Sistema Nervoso Central, conseguem regular funções cognitivas do corpo, além das emoções e sensações de bem-estar. A terapia à base da planta também pode reequilibrar a serotonina, neurotransmissor responsável pela comunicação entre células nervosas e estimular a sensação de felicidade.
Este antidepressivo pertence à classe dos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina, ou ISRS. Comumente indicado para tratamentos de depressão, o remédio consegue aumentar a sensação de bem-estar. Porém, a lista de efeitos adversos é longa e varia de paciente para paciente. É comum que as dosagens causem náusea, fadiga, insônia e até mesmo reações em pessoas com sinusite.
O psiquiatra João Victor Lorenzetti afirma que a cannabis pode gerar efeitos similares ao tratamento com fluoxetina, uma vez que o Sistema Endocanabinoide é estimulado com a terapêutica de forma parecida com os efeitos do remédio, e com menos efeitos colaterais.
Normalmente, o dramin é receitado para enjoos e náuseas, mas ele costuma ser usado para dormir porque uma das suas reações mais comuns é a sonolência.
Assim como o medicamento, canabinoides também possuem ação antiemética, ou seja, alívio para sintomas de náusea. E evidências preliminares também apontam que o CBD pode ser uma boa opção para casos de insônia, porém, a forma como isso ocorre ainda não é totalmente compreendida pela ciência. Acredita-se que os canabinoides conseguem reduzir a atividade celular no hipotálamo lateral, responsável pelo adormecimento.
Este nome se refere na verdade a uma composição presente em alguns ansiolíticos e antidepressivos, como Remeron, Zispin, e Razapina. Tal como os dois primeiros medicamentos listados, a Mirtazapina é indicada para regular a serotonina e outro composto químico presente no organismo chamado noradrenalina, que provoca o aumento da pressão arterial e influencia no humor, na alimentação e na ansiedade.
A Mirtazapina não costuma ser prescrita para pacientes com esquizofrenia ou distúrbios psicóticos, pois pode aumentar ainda mais a pressão arterial. Assim, produtos à base de cannabis podem diminuir a pressão sem causar essas reações adversas.
Contudo, a neurologista Denise Lutfi Pedra afirma que a substituição deve ser progressiva e pode não funcionar para todos os pacientes. Um organismo que já está acostumado com a medicação pode sentir sua falta, e os benefícios na pressão não serão sentidos.
Fechando a lista da Cannalize, o rivotril, também conhecido por clonazepam, é recomendado para tratar diversos transtornos psicológicos. É um dos remédios mais comercializados do Brasil, pois além do tratamento para saúde mental, ele tem ação anticonvulsivante e de relaxamento muscular, e é uma opção para epilepsia.
Por outro lado, a medicação pode causar cansaço, problemas do sono e até diminuição da capacidade motora.
Além de atuar positivamente em casos de saúde mental, a cannabis medicinal pode ajudar a diminuir crises epilépticas. O canabidiol (CBD) quando administrado para a condição específica de um paciente, pode controlar as descargas dos neurotransmissores, e com isso diminuir a intensidade das crises epilépticas e frequência das convulsões.
O ecossistema da Cannect oferece apoio completo para quem quiser saber mais sobre cannabis medicinal e começar um tratamento. Nosso portfólio tem mais de 800 produtos de diferentes categorias, preços e concentrações de canabinoides e todos foram aprovados em curadoria e possuem Certificado de Análise.
O primeiro passo para o tratamento é passar por uma consulta, mas tenha em mente que a terapia canabinoide é individual e pode não ser a melhor opção para todas as pessoas.
Entre em contato com nosso time e agende sua consulta!
Jornalismo Cannect
Inscreva-se grátis na nossa Newsletter!
Copyright 2019/2023 Cannalize – Todos os direitos reservados
Solicitação de remoção de imagem
Termos e Condições de Uso