Cinco contribuições da cannabis para o meio ambiente

Cinco contribuições da cannabis para o meio ambiente

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Redução de CO2, amiga das abelinhas e até ajudando a limpar Chernobyl. Veja como a cannabis tem ajudado o planeta.

De acordo com um relatório feito  em 2021 pela ONU (Organização das Nações Unidas), o mundo precisa fazer muito mais para alcançar as metas de proteção ambiental projetadas até 2030. 

Mesmo progredindo em questões como água limpa, saneamento e energia ecológica, o planeta ainda vive de forma insustentável. Felizmente a linda planta cannabis pode ser uma alternativa. 

Nos últimos anos, ela tem chamado atenção não só por suas propriedades medicinais, mas também pela facilidade de produção. A cannabis pode crescer em qualquer solo, tem um ciclo de cultivo menor e consome menos água. 

Mas não é só isso. O cânhamo, derivação da planta bastante utilizada pela indústria, tem se destacado como uma grande aliada do meio ambiente. Confira cinco formas de contribuição da planta para o meio ambiente.

Foto: freepik

Redução de CO2

Segundo Darshil Shah, pesquisador sênior do Centro de Inovação de Material Natural na escola de Cambridge, na Inglaterra, plantações de cânhamo podem absorver as emissões de carbono que as florestas.

Ele acrescenta que a planta também produz biomateriais de carbono negativo, ou seja, os produtos feitos a partir da planta também produzem menos emissão que outras fontes de fibras.

Isso chamou a atenção de alguns lugares, como o Uruguai. Atualmente, um conglomerado de empresas no país já possuem um certificado internacional, que valida o cultivo de cânhamo como carbono positivo.

O Projeto da Hemp Hub Paraguay, é tornar o país uma nação neutra de carbono até 2025. Isso quer dizer que a quantidade de emissão de CO2 não será maior e nem menor do que ela é capaz de absorver.

Leia mais sobre o assunto: Com plantações de cânhamo, Uruguai pode se tornar um país neutro em emissões de CO2

Bee Movie agradece 

Cerca de 2% das abelhas selvagens são responsáveis pela polinização de 80% do cultivo mundial, a extinção delas provocaria uma dificuldade enorme em produzir comida para o mundo inteiro.

Por isso, elas são estritamente necessárias para o ecossistema, não só para os humanos, mas também para os animais, que também precisam de frutas e vegetais para sobreviver.

Felizmente a cannabis também pode ser útil. Como? É que as abelhas são atraídas pela cannabis! 

E se você achava que a planta não produz pólen, está enganado, pois ela produz, e de vários tipos diferentes. 

 Não, as abelhas não ficam “chapadas”, pois não possuem receptores canabinoides. O pólen da cannabis é uma fonte extra que as mantêm saudáveis. 

O fato curioso é que a planta não tem o perfil atraente que as cativa, não tem cores vibrantes e nem o sabor é doce, pois não produz néctar. Mas parece que isso não é problema, sobretudo para os machos. 

Sacolinha de maconha

Segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF, sigla em inglês), o Brasil é o 4º país que mais gera lixo plástico do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia. São mais de 11 milhões de toneladas com uma reciclagem baixíssima, de apenas 1,28%.

É aqui que o nosso amado cânhamo entra mais uma vez. Ele é conhecido por ter uma alta concentração de fibras, que são usadas para vários materiais, como tecidos, cordas e claro, o plástico. 

É também uma solução biodegradável, que poderia ser substituída na fabricação de sacolas, canudos e embalagens.

No entanto, a troca do petróleo pela fabricação de plástico pelo cânhamo ainda é novidade no mundo e precisa de legislações precisas.

Leia também: Cânhamo pode ser a solução para área tóxica na África do Sul

Foto: Freepik

Tecidos de maconha

A cadeia de abastecimento de têxteis está começando a optar  pelo cânhamo como uma alternativa sustentável, (já era hora, né?) Isso porque ele contém propriedades anti-inflamáveis, biodegradáveis ​​e regenerativas. 

Sem contar que, segundo o Instituto Leibniz de Engenharia Agrícola e Bioeconomia, o cânhamo consome seis vezes menos água que o algodão e pode ser produzido três vezes mais no mesmo espaço. 

Uma das medidas que já está no mercado foi a criação do  conceito Gen H, por exemplo, que é um algodão misturado com cânhamo, que inclui 20% de teia de cânhamo e 20% de trama de algodão reciclado.

Solo limpinho

O cânhamo é uma planta muito resistente que pode ser cultivada mesmo em solos de baixa qualidade. Os seus caules ajudam até a remover os metais e produtos químicos tóxicos do solo. 

Não é à toa que a planta foi usada até para ajudar a limpar o vazamento nuclear de Chernobyl.

De acordo com o Vito Gallo, Professor de Química da Politécnica de Bari, o desempenho da planta do cânhamo no processo de fito-purificação deixa apenas vestígios de quaisquer poluentes para trás.

Parece que ele permite uma espécie de diluição dos metais na biomassa e isso resulta em um material que, a princípio, apresenta riscos muito limitados ou até mesmo nenhum risco à saúde.

A maioria dos metais pesados ​​absorvidos pelo cânhamo são armazenados nas raízes e folhas da planta, deixando apenas quantidades minúsculas no caule do cânhamo.

Procure um médico

É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis para uso médico precisa ser prescrito por um profissional que poderá indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.

Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a prescrição até a importação do produto. Tire suas dúvidas.

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