A pesquisa ainda é recente e precisa de mais investigações. Contudo, o canabinoide pode ser uma alternativa para o tratamento de doenças como Alzheimer e Parkinson no futuro.
De acordo com um estudo publicado na semana passada (20) pela revista científica Free Radical Biology and Medicine, um composto da cannabis tem o potencial de proteger as células cerebrais de danos oxidativos.
Trata-se do Canabinol (CBN), uma substância encontrada na cannabis envelhecida. Parece que o canabinoide foi capaz de proteger as mitocôndrias, substâncias que ajudam a produzir energia para as células.

Segundo a pesquisa, as descobertas podem acarretar em futuros tratamentos de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
Proteger as células cerebrais?
Para chegar a estas conclusões, os pesquisadores primeiro analisaram o processo de danos oxidativos das células cerebrais, que podem ser provocados pela perda gradual de um antioxidante chamado glutationa.
Eles começaram a tratar as células nervosas com o CBN e posteriormente estimularam o dano oxidativo. E foi aí que descobriram que o canabinoide protegeu as mitocôndrias.
Para confirmar o experimento, a equipe de cientistas ainda fez o teste em células nervosas que tiveram as mitocôndrias removidas. Aqui o CBN não teve nenhum efeito de proteção.
Ação do CBN no cérebro
O CBN não ativa os receptores canabinoides do cérebro ligados às respostas psicoativas, que nem o Tetraidrocanabinol (THC). Isso quer dizer que assim como o canabidiol (CBD), o Canabinol não possui nenhum efeito psicotrópico.
Os estudos sobre o assunto ainda precisam de mais pesquisas. Contudo, as descobertas podem ajudar não só pacientes como Alzheimer como pessoas com Parkinson também, pois a condição também é relacionada à perda de glutationa.