Quanto mais o Canabidiol (CBD), um dos principais canabinoides da cannabis é estudado, mais descobertas fantásticas são feitas.
Como por exemplo, um estudo alemão, feito pela Ludwig Maximilians University Clinic em Munique. Eles investigaram os efeitos do CBD de alta pureza em um tumor cerebral chamado glioblastoma.
Se trata do tipo maligno de tumor na cabeça, que embora seja raro, é o tipo de câncer cerebral mais comum. Afeta cerca de 4.800 pessoas por ano na Alemanha.
No Brasil, ele faz parte do grupo de cânceres cerebrais e do Sistema Nervoso Central, que chegam a uma incidência de 10 mil casos a cada dois anos, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Ele se desenvolve nas células gliais, que servem de suporte para as células nervosas. Até agora, os tratamentos para esse tipo de tumor são escassos, e a estimativa de vida é de 16 meses depois da descoberta.
Os pesquisadores da Ludwig Maximilians University adicionaram o canabidiol com alta pureza nas células tumorais de ratos e também de humanos. A ação do CBD foi bem rápida: em apenas três dias elas morreram.
O canabidiol de alta pureza é uma fórmula isolada da planta. Neste processo, são separadas outras substâncias da cannabis, como flavonoides, terpenos e até os demais canabinoides.
Os cientistas perceberam que o CBD bloqueou uma importante via de sinalização para o glioblastoma. Este efeito impediu que ele crescesse de forma constante.
Além da descoberta, os pesquisadores também perceberam espécies de “biomarcadores”, que podem identificar quais os casos de tumores podem ser tratados com a cannabis.
Contudo, ainda precisa ser realizado um teste em pacientes que fazem o tratamento contra a doença, que pode começar em breve.
Para isso, será utilizado um remédio chamado Epidiolex. Trata-se de um medicamento feito com o canabidiol puro já testado e aprovado, mas para o tratamento de crises convulsivas.
Nos Estados Unidos, por exemplo, ele é indicado para o tratamento de epilepsia refratária infantil e Síndrome de Dravet.
Atualmente já há um remédio feito à base de cannabis para o câncer, mas o seu trabalho é secundário.
O Dronabinol, também conhecido como Marinol, é uma versão sintética do tetraidrocanabinol (THC), que serve para prevenir as náuseas e vômitos que podem ocorrer após o tratamento com medicamentos usados contra cânceres malignos.
Contudo, já há estudos que mostram que os canabinoides da cannabis têm a capacidade de matar células ruins e preservar as saudáveis.
Os canabinoides atuam como um anti-inflamatório, bloqueando o crescimento das células ruins. Além de prevenir o crescimento de vasos sanguíneos que alimentam o tumor.
O assunto ganhou espaço quando o próprio Instituto Americano do Câncer admitiu que funciona.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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