A farmacêutica brasileira Nex Biopharm conta com um produto do espectro completo, de proporção de 20:1 e CBD e THC
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma síndrome comportamental que chega a afetar uma a cada 100 crianças, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde)
Uma ferramenta terapêutica que está sendo bastante estudada para o transtorno é a cannabis medicinal. Inclusive, grande parte das pesquisas sobre o tema sugerem que os produtos do espectro completo (full spectrum), que combinam todas as substâncias da planta, são as melhores opções para o autismo.
Essa é uma das especialidades da Nex Biopharma, fabricante brasileira de produtos à base de cannabis. A empresa conta com o óleo full spectrum na proporção 20:1 (CBD e THC, respectivamente).
Embora o TEA não impacte diretamente na saúde física das pessoas, as alterações podem causar medo, crises comportamentais e prejudicar a qualidade de vida.
Como solução, a farmacêutica entende que o chamado Efeito Entourage pode ser crucial para trazer bem-estar e longevidade para pacientes com transtornos cognitivos.
As cepas usadas nos produtos da empresa são plantadas no Uruguai, onde as legislações sobre a cannabis estão mais avançadas, em comparação com o Brasil.
Após a colheita, as flores são enviadas para o laboratório da empresa na Suíça, que segue o padrão europeu de GMP (Boas Práticas de Fabricação, na tradução para o português). Isso quer dizer que a produção segue regras definidas pela União Europeia para medicamentos de uso humano e veterinário.
Neste processo, há ênfase na rastreabilidade, controle de qualidade e avaliação de possíveis riscos. As inspeções e resultados são realizados por autoridades dos países membros do bloco.
Ou seja, as autoridades suíças se comprometem com o padrão de qualidade no caso dos produtos da Nex. De acordo com o site oficial da farmacêutica, os produtos seguem um processo cuidadoso da ‘semente ao paciente’.
O tratamento com cannabis não é comprovadamente eficaz para “curar” o autismo. Porém, existem diversas evidências científicas de diversos níveis que comprovam a ação da planta para amenizar os sinais.
Como explicado acima, grande parte dos estudos são com óleos do espectro completo. Isso quer dizer que o THC está presente na formulação, em uma quantidade insuficiente para causar efeitos psicoativos.
Um exemplo é um estudo publicado na revista Nature que analisou dados de 188 pacientes com TEA tratados com extratos de cannabis entre 2015 e 2017. A maioria dos pacientes recebeu um óleo contendo 30% de CBD e 1,5% de THC (tetra-hidrocanabinol).
Após seis meses de tratamento, os resultados foram encorajadores: 90,2% dos pacientes relataram alguma melhora em seus sintomas, enquanto 8,6% não observaram alterações significativas. Entre os principais sintomas atenuados estavam inquietação, irritabilidade, ataques de raiva, agitação e dificuldades relacionadas ao sono.
No entanto, 25,2% dos pacientes apresentaram pelo menos um efeito colateral, sendo o mais comum o aumento da inquietação.
Os resultados podem ser comparados com dados publicados na revista Pharmaceuticals. Neste caso, pesquisadores brasileiros destacam a segurança e a eficácia da administração de extratos ricos em canabidiol em crianças com TEA.
Foram avaliadas 30 crianças com idade média de 11 anos e autismo moderado a grave. Os resultados mostraram que 70% dos participantes demonstraram melhorias clínicas, especialmente em relação às habilidades de atenção e comunicação.
Leia mais: CBD ajuda na comunicação de autistas, segundo estudo
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