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Saúde e Ciência

Cannabis será testada em pacientes com sequelas da COVID



18/08/2021


O estudo será feito pelo Instituto do Coração e busca confirmar o que os médicos já estão evidenciando nos consultórios clínicos.

O Instituto do Coração em São Paulo (Incor) fará um estudo clínico para entender a ação do Canabidiol (CBD) em pessoas com a chamada Covid Longa, pacientes que passaram pelo estado grave da doença mas tiveram sequelas. 

Por se tratar de uma condição nova e pouco explorada, não há nenhum tratamento específico, por isso a busca por novas alternativas são exploradas. 

O CBD é um componente é uma das substâncias da planta que não é alucinógena. Um estudo parecido também está sendo conduzido em paralelo nos Estados Unidos. 

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Ilustração: Marcelo Garcia/SAÚDE é Vital

Comprovação

Serão 290 voluntários, que serão analisados durante três meses.  Eles apresentaram fadiga muscular, insônia, ansiedade, depressão e alterações cognitivas por pelo menos noventa dias após o diagnóstico. 

O novo estudo é uma forma de comprovar o que já era visto nos laboratórios e até mesmo nas práticas clínicas nos consultórios médicos.

Outros estudos 

As pesquisas sobre a cannabis e o Coronavírus não são novas. Segundo um estudo feito pela Universidade de Nebraska e do Texas Biomedical Research Institute no ano passado, algumas substâncias da cannabis, principalmente o CBD e os terpenos, podem tratar COVID-19 em alguns pacientes. 

Essas pesquisas têm se concentrado principalmente no tratamento de “tempestades de citocinas” , uma reação imunológica grave que pode danificar os pulmões e levar à síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA).

A cannabis no Instituto do Coração

Apesar da pesquisa que começa em breve, o Incor também divulgou outro estudo sobre cannabis em julho, mas para o tratamento de insuficiência cardíaca

O objetivo da pesquisa é melhorar tanto a saúde clínica quanto psíquica dos 105 pacientes do instituto, que serão acompanhados por dois anos. 

Segundo a cardiologista Edimar Bocchi, o CBD pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes, mas queremos fazer o estudo científico para medir este impacto positivo e ainda verificar se há mudanças no quadro clínico geral. 

Até hoje não se tem notícia de nenhum estudo científico sobre o tema no mundo.

 

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Tainara Cavalcante

Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.