Um novo estudo observacional sobre cannabis medicinal publicado na última sexta-feira (18) descobriu que o extrato da planta é seguro, bem tolerado e útil para pessoas com problemas de dor, sono e bem-estar.
A pesquisa, conduzida pelo Australian Emyria Clinical e-Registry, analisou cerca de 4.000 australianos com várias idades e condições diferentes e que estavam utilizando a cannabis medicinal ao longo de dois anos.
Foi observado que a cannabis foi indicada para mais de 40 condições clínicas diferentes, que envolviam: dor (71,9%), problemas psiquiátricos (15,4%) e problemas neurológicos (2,1%).
Todos os pacientes haviam recebido a prescrição de cannabis à base de óleo oral, com titulação cuidadosa da dose e proporção para alcançar com segurança os objetivos clínicos com efeitos adversos mínimos.
Os cientistas perceberam que as reações adversas incluíam todos os efeitos cognitivos atribuídos ao Tetrahidrocanabinol (THC), como sedação, sensação de euforia e falta de concentração.
A substância é o principal composto que gera os efeitos da “alta” da maconha. O que, consequentemente, exigiu uma alteração da proporção do óleo de cananbis e também a redução na dose de THC.
Foi percebido que o óleo de cannabis foi bem tolerado, com menos de 2% dos pacientes experimentando efeitos colaterais graves relacionados ao tratamento (alucinação e mania).
Essa segurança é particularmente importante em contraste com a segurança e a tolerabilidade dos opioides prescritos em longo prazo.
O Australian Emyria Clinical e-Registry coletou dados clínicos, demográficos, de dosagem e segurança, bem como mais de 200.000 questionários validados padronizados individuais durante esse período.
Na Austrália, a cannabis medicinal não é um direito, custando ao paciente um adicional de AU$ 2.000,00 a 4.000,00 (R$7.090,00 a R$14. 180,00) por ano.
Apesar disso, a taxa de contintinuação do foi superior a 90% em seis meses e quase 70% em 12 meses.
O número médio de medicamentos usados junto com o óleo de cannabis ao longo do tempo, diminuiu significativamente e se manteve ao longo dos mais de dois anos de pesquisa.
Não foram detectados comportamentos impulsivos ou de dependência e não houve aumento de medicações adicionais.
As pontuações medidas pelo questionário melhoraram significativamente por mais de dois anos em todos os parâmetros medidos. Os desenvolvedores consideraram os resultados como “clínica e socialmente relevante”.
Em todos os parâmetros, a melhoria média foi superior a 10, duas vezes a diferença mínima aceita como “melhora”.
O estudo encontrou melhorias significativas para a gravidade da dor, saúde mental, insônia, função física e bem-estar emocional, e as melhorias foram mantidas por mais de dois anos.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta com um médico prescritor, passando pelo processo de importação do produto até o acompanhamento do tratamento. Clique aqui.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
Inscreva-se grátis na nossa Newsletter!
Copyright 2019/2023 Cannalize – Todos os direitos reservados
Solicitação de remoção de imagem
Termos e Condições de Uso