Cannabis e esporte amador: rendimento, recuperação

Cannabis e esporte amador: rendimento, recuperação

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Propriedades terapêuticas da cannabis podem ajudar – e muito – os esportistas amadores

Melhorias na qualidade de vida são uma busca constante para quem está atento à saúde e quer cuidar do próprio corpo. Uma rápida consulta às estatísticas do Google mostra um exemplo: a procura pelo termo “quadra de futebol” oscila entre 50% e 100% de popularidade, demonstrando que o esporte amador é uma paixão do brasileiro. Portanto, esportistas amadores e ‘atletas de fim de semana’ também precisam de atenção com o corpo.

A médica Jéssica Durand é testemunha disso. Pós-graduada em medicina do esporte e cannabis medicinal, a profissional atende desde atletas amadores e praticantes esporádicos de exercício físico até atletas profissionais de diferentes níveis de rendimento. 

Qualidade de vida e melhora de performance

Em sua prática clínica, Jéssica observa que entre seus pacientes existe uma grande parte de pessoas que objetivam saúde, qualidade de vida, e bem-estar no geral, mas também há quem busca melhora de performance e de capacidade cardiorrespiratória, hipertrofia e questões estéticas, e a médica sabe como a cannabis pode contribuir para estes ganhos.

“O canabidiol no pós-treino diminui as dores, melhora as inflamações e otimiza a recuperação muscular, acelerando a cicatrização tecidual e a regeneração celular.”

Ou seja, os benefícios da cannabis no esporte estão diretamente ligado à qualidade de vida dos atletas, em sua rotina de recuperação da fadiga e dos danos musculares relacionados ao esforço físico causado pelas atividades.

É o caso do educador físico Bruno Peloy, que alterna seus treinos de corrida e escalada com yoga e meditação. Peloy usa canabidiol há seis meses. Foi neste tratamento que o treinador encontrou a qualidade de vida que buscava para continuar com suas práticas.

“Tive uma evolução fantástica. Se antigamente eu levava uma semana pra me recuperar de uma prova de corrida de 30 km, por exemplo, hoje, eu levo dois dias”, conta Bruno.

O impacto da cannabis é perceptível não só nos resultados do esporte, mas na vida além do esporte. Médicos e pacientes conseguem perceber o impacto no cotidiano, no trabalho, no dia a dia e nas diversas esferas da vida da pessoa.

Jéssica explica: “A cannabis ajuda nesses objetivos de maneira indireta, pois melhora o humor, a ansiedade, a disposição, a energia… Na questão de qualidade do sono, em geral, conseguimos melhoras tratando a insônia, pois uma boa noite de sono é vital para a recuperação muscular.”

O treinador Bruno concorda: “Eu faço tratamento com cannabis como pré-treino pra dar disposição na parte da manhã e para relaxar à noite, na hora de dormir. Ao longo do dia todo, consigo sentir a energia.”

Atletas amadores não estão sujeitos a exames antidoping e por que isso é bom?

Há diversas evidências de que a cannabis oferece benefícios para quem prática esporte.

Em 2017, o canabidiol passou a ser o único canabinoide permitido pela WADA (Agência Mundial Antidoping) para uso em competições.

A lista segue restringindo o uso da maioria de produtos canábicos como, por exemplo, os sintéticos que mimetizam o THC (tetrahidrocanabinol).

Enquanto isso, estudos acadêmicos seguem buscando mais evidências para justificar o uso irrestrito dos fármacos à base de cannabis para esportistas.

Para Jéssica Durand, é justamente por estas regras não se aplicarem à prática amadora que o canabidiol pode contribuir melhor a estes atletas.

“Os praticantes conseguem usar outros fitocanabinoides além do canabidiol, como tetrahidrocanabinol, o CBG, CBN, em formato de produtos diversos como: óleos, gummies, tópicos, que podem contribuir muito para seu rendimento”, afirma a médica.

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