EUA: candidatos buscam universidades em estados em que a maconha é legalizada

EUA: candidatos buscam universidades em estados em que a maconha é legalizada

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

A pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que o número de inscrições nas universidades em lugares em que a cannabis foi legalizada aumentou.

Quem disse que quem fuma maconha é vagabundo? De acordo com um estudo realizado nos estados dos EUA em que a maconha foi legalizada, o número de matrículas nas universidades aumentou quase 15%. 

Em estados como Washington e Colorado, pioneiros na liberação do uso adulto da planta, o aumento foi superior a 25%. 

No artigo, os pesquisadores filiados à Faculdade de Oxford (Universidade Emory) e à Universidade da Carolina do Sul destacaram que o levantamento é importante tanto para a formulação de políticas públicas quanto para os gestores de universidades.

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Foto: Freepik

Impacto nas escolhas

O artigo ainda enfatiza que entender como as políticas públicas impactam nas decisões da localização das faculdades de indivíduos jovens é crucial para os resultados econômicos locais no futuro. 

“Para os administradores escolares que estão preocupados com o que a legalização pode fazer em termos de impacto nos alunos, a lição aqui é que eles não devem se preocupar. No mínimo, eles deveriam ter a visão otimista de ‘Isso é publicidade gratuita para o meu estado’”, diz  o pesquisador Christopher Blake, professor assistente de economia na Oxford College of Emory University, para o site University Business.

Há efeitos negativos?

Os pesquisadores também destacam que não é preciso se preocupar com possíveis efeitos negativos na legalização da maconha, como desistência escolar ou o aumento de alunos “menos dedicados”. 

De acordo com os pesquisadores, grupos maiores de candidatos parecem permitir que faculdades e universidades escolham alunos mais talentosos.

“A legalização também pode sinalizar um movimento em direção a uma maior equidade para estudantes subrepresentados e marginalizados, cujas comunidades sofreram o impacto da repressão às drogas do país”, diz Joshua Hess, professor assistente de economia da Universidade da Carolina do Sul em declaração para o site University Business.

A pesquisa também analisou as taxas de retenção e de conclusão da faculdade e não encontraram evidências de que elas tenham sido afetadas pela legalização da cannabis. 

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Quebra de mitos

O estudo entra no conjunto de pesquisas que desmentem o mito de que quem fuma maconha é “vagabundo”. 

E não pense que é só nos Estados Unidos.

A psiquiatra Delma Souza, da UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) realizou um estudo sobre o uso da cannabis por jovens de 10 a 20 anos na capital do estado, Cuiabá. 

Na pesquisa feita com 3.000 participantes constatou que 8,6% dos jovens com um trabalho já haviam usado maconha, contra 4,4% que não tinham um emprego.

Procure um médico

Embora muito utilizada, o uso recreativo da maconha ainda é bastante restritivo no Brasil. 

Caso busque propriedades medicinais da planta, é importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis no Brasil precisa ser prescrito por um médico que poderá indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.

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