O principal caminho para encontrar o produto é a farmácia, e 71% da demanda se encontra entre as regiões Sul e Sudeste.
Bruna Rocha, da BRCann, em sua fala durante a quarta edição do WNTC, em São Paulo. Foto: Lucas Panoni
Dados importantes para o setor da cannabis para fins medicinais no Brasil foram apresentados na última terça-feira (25), durante a quarta edição do congresso empresarial WNTC – We Need to Talk About Cannabis.
A diretora associada da IQVIA, Daniela Queiroz, apontou que o canabidiol (CBD), principal derivado da cannabis medicinal, já pode ser encontrado em todos os estados da União.
O principal caminho para encontrar o produto é através dos pontos de venda, ou seja, as farmácias físicas. O mapa apresentado mostra mais de 26 mil PDVs espalhados pelo Brasil, com quase 500 mil produtos vendidos nos últimos doze meses.
Mapa do Brasil mostra todos os estados abastecidos com CBD. Foto: Lucas Panoni
A maior parte da demanda, 71%, se concentra nas regiões sul e sudeste.
Atualmente, 37 produtos de cannabis são aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), segundo o Sindusfarma. Estes produtos são regulados pela Resolução de Diretoria Colegiada 327/19 e podem ser adquiridos nas drogarias de todo o Brasil, mediante retenção de receita.
Estima-se que cerca de 97 mil pacientes já compraram medicamentos de cannabis.
No mesmo evento, a diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria de Canabinoides (BRCann) Bruna Rocha elogiou o trabalho da Anvisa e celebrou a RDC 327/19, resolução que regula as vendas de cannabis nas farmácias brasileiras.
“O desdobramento da 327 já está posto. Pode ser que existam modificações, mas o caminho está muito bem definido”, disse.
A advogada aproveitou, porém, para criticar a RDC 660, resolução que trata dos produtos de origem importada: “está totalmente subvertida.”
Para Bruna Rocha, a resolução que regula a importação de cannabis está servindo ao mercado ilegal.
“Dados recentemente publicados pela Confederação Nacional da Indústria identificaram que R$453 bi foram desviados no mercado doméstico via mercado ilegal.”
A RDC 660 também preocupa Rosana Mastellaro, diretora Técnico-Regulatória e Inovação da Sindusfarma, acredita que a resolução é um desestímulo às empresas e à inovação.
“Para uma empresa ter coragem de desenvolver um produto sem ter certeza se vai poder trazer este produto para o país, mediante importação de pessoa física, é um desestímulo.”
Lucas Panoni
Jornalista e produtor de conteúdo na Cannalize. Entusiasta da cultura canábica, artes gráficas, política e meio ambiente. Apaixonado por aprender.
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