A Síndrome de Burnout tem diversos sintomas relacionáveis a tratamentos com cannabis. Mas será que a plantinha pode ajudar?
O Ministério da Saúde atualizou a relação de doenças relacionadas ao trabalho. A lista não era atualizada há 24 anos, e agora inclui 165 novos diagnósticos que podem ser constatados em decorrência de problemas na rotina de trabalho.
A nova lista atende toda a população trabalhadora, independentemente de ser urbana ou rural, ou da forma de inserção no mercado de trabalho, seja formal ou informal.
Entre os CIDs (Código Internacional de Doenças) listados, constam algumas doenças com infecção causada por exposição através do convívio diário, como a Covid-19 e também relacionadas à saúde mental, como a Síndrome de Burnout.
Inclusive, o documento ainda cita os fatores que podem estar relacionados a estes diagnósticos. No caso do Burnout, a doença pode ser causada por situações estressantes de diversos níveis, como “gestão organizacional”, “assédio moral”, “jornada de trabalho”, “discriminação”, “risco de morte” ou “trauma no trabalho”.
Segundo o Ministério da Saúde, “as mudanças na lista vão contribuir para a estruturação de medidas de assistência e vigilância que possibilitem locais de trabalhos mais seguros e saudáveis.”
A Síndrome de Burnout, também chamada de Esgotamento, é uma condição psicológica causada pelo sentimento de exaustão total e falta de energia em relação ao trabalho.
Os sintomas físicos mais comuns, segundo o Ministério da Saúde, são:
Por surgirem de forma leve, é comum pensar que pode ser passageiro. No entanto, o Ministério da Saúde adverte que para evitar problemas mais sérios e complicações, é fundamental buscar apoio de um psiquiatra ou psicólogo, profissionais responsáveis pelo diagnóstico da doença.
O tratamento da Síndrome de Burnout é feito basicamente com psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos antidepressivos e/ou ansiolíticos. A depender do caso, estes medicamentos podem ser substituídos por produtos de cannabis, de acordo com uma orientação médica.
Inclusive, segundo um estudo conduzido pela USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto/SP, a cannabis foi efetiva no tratamento da Síndrome.
Os testes foram feitos em profissionais do Hospital das Clínicas da USP que estavam na linha de frente do combate à COVID-19 e foram publicados no periódico científico Jama (Journal of the American Medical Association).
Segundo os pesquisadores a melhora foi de 25% na redução dos sintomas de depressão e ansiedade. A análise foi feita tanto por meio de uma autoavaliação dos sintomas, quanto de uma avaliação por uma equipe fora do estudo que não conheciam os participantes.
Contudo, ainda é necessário pesquisas mais aprofundadas para atestar a eficácia da cannabis para o tratamento de Burnout.
Lucas Panoni
Jornalista e produtor de conteúdo na Cannalize. Entusiasta da cultura canábica, artes gráficas, política e meio ambiente. Apaixonado por aprender.
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