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Saúde e Ciência

Australianos aceitam mais a maconha do que o tabaco, segundo levantamento



28/07/2022



De acordo com a pesquisa, os cidadãos ainda pedem penas mais severas para quem vende tabaco para menores de 18 anos. Imagina se fosse aqui?

Segundo um levantamento nacional de estratégia de drogas feito na Austrália, pela primeira vez, a população australiana considera o consumo de maconha mais aceitável do que o de tabaco. 

De acordo com a pesquisa realizada em todo o território nacional, 20% dos entrevistados apoiam o uso regular da cannabis, contra 15% que defendem o uso do cigarro comum. 

Os dados são de 2019, mas foram compilados e divulgados somente agora pelo Instituto Australiano de Saúde e Bem-Estar. 

Foto: Freepik

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Aumento da aprovação

O levantamento também revelou que 40% dos australianos apoiam a legalização da maconha. Um aumento de 16% em relação há uma década atrás. 

Há regiões em que o apoio é maioria, como em Sidney, com 60% de apoiadores, ou Melbourne, com uma taxa de 57%. 

Segundo a pesquisa, 85% dos cidadãos também pedem penas mais severas para quem fornece tabaco de forma ilegal para menores de idade. Além disso, 70% ainda acreditam que os cigarros eletrônicos devem ser proibidos em lugares públicos. 

Legalização

A cannabis foi descriminalizada em Camberra, a capital do país, em 2020. Desde então, 66% dos habitantes do estado defendem a liberação para uso pessoal. 

Ao jornal The Guardian, o  consultor de políticas públicas relacionadas a drogas, Jarryd Bartle, comentou que o aumento do apoio pode estar relacionado às constantes mudanças adotadas nos demais países, como Estados Unidos, Uruguai e Espanha.

 “A evidência mostra que a legalização não resulta em um aumento nos usuários regulares de cannabis e nem em menores de 18 anos consumindo cannabis. São todos bons sinais”, disse. 

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Situação do Brasil

O consumo de maconha é descriminalizado, mas há ressalvas. O porte de maconha para o uso adulto pode ser considerado tráfico, dependendo da quantidade. 

Contudo, o uso medicinal é legal através de duas resoluções da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que permitem a importação individual e também a comercialização do óleo nas farmácias. 

Procure um médico

É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico que poderá indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.

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Tainara Cavalcante

Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.