A empresa estatal argentina Cannava entregou ontem (4) o seu primeiro lote do óleo de cannabis produzido no país depois da nova legislação, que foi aprovada em junho deste ano.
O lote com 50 frascos foi entregue para pacientes com doenças neurológicas do Hospital de Zavala, na cidade de Perico. Eles fazem parte de um programa criado pelo Ministério da Saúde em 2017.
Produzido em Jujuy, o chamado CBD 10 será comercializado nas farmácias de toda a província já em novembro, mediante a receita médica.
Segundo o governador Geraldo Morales, a expectativa é que o produto seja comercializado em todo o território do país entre março e abril de 2022, após a autorização dos órgãos reguladores.
No entanto, ele ressalta que todos os processos para a criação do óleo foram autorizados pela pela Anmat (Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica), por isso o produto é seguro.
Ainda segundo Morales, o canabidiol é produzido com padrões reguladores da União Europeia. Esta é uma forma de poder expandir a fabricação e exportar para os países da região.
A expectativa é expandir os 35 hectares de plantação para 600 nos próximos dias, o que pode gerar cerca de 2 mil empregos novos.
O potencial econômico do uso terapêutico e industrial da planta pode gerar 10 mil novos postos de trabalho até 2025, parte em cargos de desenvolvimento e inovação.
Sem contar US$500 mil de vendas e US$50 mil em exportações, segundo o governo.
O Projeto de Lei para a produção e comercialização de cannabis no país foi apresentado no meio deste ano pelo governo do presidente Alberto Fernández. O objetivo era impulsionar o setor e gerar novos empregos, além de facilitar o acesso à cannabis medicinal.
O novo texto complementou a Lei 27.350, aprovada em 2017 que já autorizava o uso da cannabis para o tratamento de doenças.
Flexibilização que já estava acontecendo desde o ano passado. Em novembro, a Argentina legalizou tanto o fitofármaco nas farmácias, quanto o cultivo para pacientes. A comercialização nas drogarias também incluiu cremes, pomadas e outros derivados da planta.
Antes, a punição para pessoas com sementes ou plantas para qualquer fim, chegava a uma pena de até 15 anos de prisão.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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