A ansiedade tem tomado conta não só dos brasileiros, mas de milhares de pessoas ao longo do globo. No entanto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo, com quase vinte milhões de brasileiros com o transtorno, mais de 9% da população.
Ainda, segundo um levantamento do Ministério da Saúde, 41% da população tem um ou mais sintomas de ansiedade, como dificuldades para dormir ou distúrbios no apetite e a falta de interesse em fazer tarefas cotidianas.
Segundo um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), durante a pandemia de Coronavírus, o número de casos disparou em até 80%, junto com estresse e depressão, que também cresceram consideravelmente.
O google até colocou um aviso público sobre o tema quando as palavras “pandemia e “ansiedade” são buscadas, como forma de apelo para as pessoas darem uma maior atenção a saúde mental.
Segundo informações do Google Trends, às buscas relacionadas ao termo dobraram durante o isolamento social.
O crescimento pode estar relacionado a vários fatores, como a incerteza do futuro, o isolamento social, o desemprego, o estresse e até ao medo de contrair a doença ou ter algum parente diagnosticado.
Os estudos pré clínicos e clínicos sobre a relação da cannabis e a ansiedade são relativamente recentes, mas se mostram positivos. O efeito do canabidiol (CBD) no organismo, pode ajudar em alguns sintomas da ansiedade, como no sono e também trazendo um tipo de relaxamento e calma nos pacientes.
Enquanto o tetra-tetraidrocanabinol (THC) tem pode causar um efeito contrário, o uso pode intensificar os sintomas e também está associado a efeitos adversos. Mesmo com relatos de pessoas que fazem o uso recreativo da planta, a ativação do canabinóide quando a erva é queimada, pode gerar efeitos terapêuticos no começo, mas depois intensificar.
Contudo, os componentes da cannabis funcionam de formas distintas para cada pessoa. Se para uns ela pode causar efeitos relaxantes, para outros ela não pode ter efeito algum. Tudo vai depender do sistema endocanabinóide do nosso corpo, que funciona a nível celular.
O assunto virou pauta no meio da indústria, que também relatou um aumento de pessoas usando o canabidiol para controlar os níveis de ansiedade. Em um Webinar realizado pela Folha de S. Paulo, por exemplo, a a Dra Paula Dell’Stella destacou que mais pacientes aderiam ao método, além da intensificação dos sintomas em outros.
Foto: UC Davis
A ansiedade, depressão e outros transtornos da mente tem a capacidade de criar alterações em algumas partes do cérebro, como o hipocampo, que é uma espécie de “central da memória” destruindo algumas células.
Por isso, o CBD pode agir com a regeneração destas células e também regular os níveis da homeostase, ou seja, o equilíbrio dos das funções do corpo a nível celular.
É por este motivo, por exemplo, que o THC pode ser prejudicial, pois também pode agir na mesma região, mas de maneira diferente.
Para usar o CBD é importante levar em consideração a dosagem, que varia de acordo com cada paciente. Para chegar em uma dose aproximada, é preciso levar em consideração o peso do corpo, o metabolismo, a gravidade da ansiedade e até a concentração do canabidiol.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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