As festas de final do ano estão se aproximando e é comum que o consumo de bebidas alcóolicas cresça neste período. Contudo, é necessário ter moderação, sobretudo ao misturar o álcool com outras substâncias, como os canabinoides.
Em uma entrevista dada à Cannalize, em fevereiro, o diretor médico da Cannect, Dr. Rafael Pessoa, explicou que tanto o álcool quanto as substâncias da cannabis são metabolizados pelo fígado. Este processo consiste na absorção de compostos, como gorduras ou líquidos, pelo corpo até a eliminação.
Quando ocorre a mistura de substâncias, esses componentes competem pelo mesmo espaço, e consequentemente pela velocidade de metabolização. Uma vez que o corpo não metaboliza de forma correta, os compostos permanecem no organismo por mais tempo.
Considerando essa informação, devemos considerar que os efeitos psicoativos da cannabis e do álcool serão potencializados, bem como os efeitos adversos (como a ressaca depois de beber). A mistura também pode causar sintomas ansiosos ou psicóticos, que podem trazer consequências no ambiente onde a pessoa está.
Isso sem mencionar os efeitos do uso constante, podendo contribuir para a dependência e para a necessidade de tratamentos.
Mas por que é importante falar sobre este assunto?
O álcool é a substância lícita mais consumida pelos os brasileiros, com mais de 71% dos jovens adultos relatando uso ao menos uma vez na vida.
Entre 2010 e 2018, o consumo de álcool gerou um custo de quase US$ 1,5 bilhão, principalmente com hospitalizações, atendimentos ambulatoriais e faltas no trabalho.
Dessa forma, dirigir ou operar máquinas após o consumo de bebidas é altamente perigoso, tanto para a pessoa que bebeu quanto para as demais.
Na verdade sim! O tratamento com cannabis já vem sendo estudado pelo seu potencial de reduzir o uso excessivo de outras substâncias, entre elas o próprio álcool.
De acordo com um estudo feito com indivíduos em tratamento para dependência do álcool, a os canabinoides podem ter um impacto positivo. 29% dos entrevistados tiveram menos episódios compulsivos envolvendo bebidas alcoólicas, após usar a cannabis.
No entanto, a relação entre as duas substâncias pode variar: alguns substituem o álcool pela cannabis, enquanto outros a utilizam como complemento, o que pode aumentar o consumo de bebidas.
Já em alguns estudos conduzidos em animais, o canabidiol (CBD) demonstrou reduzir a ingestão do álcool, bem como a motivação pelo consumo e o risco de recaída.
Para comprovar a real eficácia do tratamento, ainda são necessários mais estudos estratificados. Também é preciso considerar uma abordagem individualizada ao levar em conta o uso de canabinoides como estratégia de redução de danos, seja pelo consumo do álcool quanto de outras substâncias.
Na Cannect, promovemos o acesso à terapia canabinoide com base em evidências científicas, garantindo a segurança dos pacientes. Nossa missão é tornar a cannabis medicinal acessível para cada vez mais pessoas.
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Andrei Semensato
Jornalista pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Produz conteúdos sobre Política, Saúde e Ciência. Também possui textos publicados nos blogs da Cannect e Dr. Cannabis.
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