Diante das incertezas, empresas que fornecem a maconha para uso medicinal no Brasil, decidiram reduzir os custos a partir de segunda-feira (23). Com o intuito de garantir o tratamento aos pacientes em um momento de recessão, duas companhias têm repassado o óleo a preço de custo e sem frete.
Uma medida que também garante segurança quanto ao produto, pois reduz os riscos de pacientes recorrerem a produtos caseiros ou de origem duvidosa.
Diante da Crise de coronavírus, o mercado de cannabis fica abalado
Mas ainda não é o momento para alarde ou preocupação, como conta a advogada Cecília Galicio, que ajuda pacientes a obter acesso a cannabis medicinal. “Os pacientes custodiados costumam receber tratamento 1 ano e estão supridos, e os pacientes que cultivam geralmente fazem extrações para seis meses e não interromperam o cultivo por conta do Coronavírus. Os pacientes que realizam as importações individualmente podem ter dificuldades por conta da diminuição das importações de modo geral, mas não ainda há que se falar em casos graves de desabastecimento destes medicamentos.” completa.
O jeito é esperar os efeitos da pandemia a longo prazo tanto aqui como no mundo, já que a maioria do consumo é importado.
Nos Estados Unidos, como medida de prevenção, o país inteiro está em quarentena. Apenas farmácias, bancos e mercados estão autorizados a abrir as portas. Com isso, no último dia 16, a cidade de San Francisco, na Califórnia, havia fechado todas lojas que comercializam a maconha. No entanto, o departamento de saúde pública reverteu o decreto, onde excluía o exercício desta atividade, e as lojas foram reabertas no dia seguinte, o que foi caminho também para os demais estados.
No próximo dia dois de abril, líderes da indústria de cannabis do mundo todo vão se reunir na Assembleia Global de Cannabis: Novas Realidades Econômica. O encontro virtual será realizado para discutir o impacto da crise de COVID19 e os novos rumos do mercado.
Entrevista exclusiva com Cecília Galicio. Advogada há 15 anos, é ativista e atua com políticas de drogas e pacientes vulneráveis.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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