Talvez você já tenha ouvido falar que a maconha pode aguçar a criatividade, não é? Há pessoas que utilizam a erva na hora de atuar, dançar, tocar, pintar um quadro ou até compor uma música.
Artistas como Gilberto Gil e Guilherme Antares, por exemplo, já revelaram que a cannabis foi útil na hora de escrever as suas canções. Até o famoso astrofísico Carl Sagan admitiu ter escrito um total de 11 ensaios sob o efeito da maconha.
Mas será que é isso mesmo? A maconha pode mesmo liberar a imaginação?
Primeiro é importante ressaltar que é possível que a criatividade esteja associada ao lobo frontal do cérebro. A teoria é que a cannabis possa agir por lá, uma vez que a planta aumenta o fluxo sanguíneo da região.
De acordo com David Nutt, professor e diretor da unidade de neuropsicofarmacologia do Imperial College London, as substâncias da cannabis parecem quebrar formas rígidas de as pessoas pensarem e sentirem, o que permite novos insights para a arte.
“Isso ocorre, em grande parte, via circuitos neurais de alto nível, sobretudo nos lobos frontais”, diz.
Nutt ainda ressalta ainda que, independente do uso da erva, é fundamental também entendermos que nosso cérebro já tem sua própria “cannabis natural”: o endocanabinoide conhecido como anandamida. Por isso a cannabis pode servir como um complemento.
Por outro lado, não há nada comprovado. Na verdade, há até divergências a respeito da relação.
De acordo com uma pesquisa realizada na universidade de Leiden, na Holanda, isso não passa de um mito. O estudo ainda acrescenta que a cannabis pode até atrapalhar a criatividade das pessoas.
Para chegar a essa conclusão, o psicólogo Mikael Kowal realizou experiências com 40 usuários regulares da maconha.
A pesquisa analisou os efeitos diretos e crônicos da eva em funções relacionadas com a dopamina, tais como o pensamento criativo e a capacidade de reconhecer os próprios erros.
A análise foi feita depois de observar três grupos diferentes: um deles evaporou uma grande quantidade da erva; o segundo inalou uma pequena dose e o terceiro fumou placebo.
Parece que aqueles que ingeriram a erva, tinham uma capacidade menor de participar de debates, habilidade fundamental para um processo criativo.
O estudo ainda mostrou que os processos cerebrais que envolvem o monitoramento da identificação dos próprios erros também não funcionaram de forma correta.
Por isso, não se iluda. Não há comprovações sobre a relação da cannabis e a criatividade.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde achar um médico prescritor até o processo de importação do produto. Clique aqui.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
Inscreva-se grátis na nossa Newsletter!
Copyright 2019/2023 Cannalize – Todos os direitos reservados
Solicitação de remoção de imagem
Termos e Condições de Uso