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Cannabis medicinal

A cannabis pode ser uma opção para o câncer ósseo?



11/07/2023


Com propriedades analgésicas e anti-inflamatórias, cannabis tem sido reconhecida como um recurso promissor no controle da dor relacionada ao câncer

A cannabis pode ser uma alternativa para o câncer ósseo?
Foto: Freepik

 Estamos no Julho Amarelo, um mês inteiro para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer ósseo. 

A campanha propõe alertar as pessoas sobre os principais sintomas do câncer ósseo, que incluem dor – principalmente quando persistente por mais de 15 dias e com piora progressiva – aumento de volume no local e limitação funcional. 

Os tumores podem surgir em qualquer osso, mas são mais comuns nas vértebras, ossos da bacia, fêmur, tíbia, úmero, costelas e joelhos. 

Trata-se de uma doença rara, silenciosa e que corresponde a 1% de todos os tipos de câncer. Contudo, a busca por auxílio médico de forma antecipada possibilita um tratamento eficaz, assertivo e que, além de cirurgia, pode incluir também quimioterapia e radioterapia.

Nesse sentido, a cannabis medicinal tem sido explorada como uma opção de alívio da dor para pessoas em tratamento de qualquer tipo de câncer, que necessitam passar por procedimentos muitas vezes dolorosos e desconfortáveis.

Cannabis como tratamento

O uso da cannabis para aliviar as dores do tratamento do câncer pode oferecer benefícios significativos aos pacientes, proporcionando um alívio eficaz e melhorando a qualidade de vida. 

De acordo com a médica especialista em cuidados paliativos Lenita Balbino, da Gravital, clínica especializada em terapias à base de cannabis, um dos motivos é o fato da cannabis conter compostos chamados canabinoides, como o THC (tetrahidrocanabinol) e o CBD (canabidiol). 

“Os canabinoides têm sido estudados por seu potencial terapêutico em várias condições de saúde, incluindo o câncer. Algumas pesquisas sugerem que eles podem ajudar a aliviar os sintomas associados à doença, como dor, náusea e perda de apetite, bem como melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, afirma. 

Esses canabinoides interagem com os receptores de dor no sistema nervoso central, ajudando a diminuir a percepção da dor. 

Dores neuropáticas

A terapia canábica também pode auxiliar na dor neuropática, uma condição comum em pacientes com câncer, resultante de danos aos nervos causados pela doença ou pelos tratamentos. 

O CBD, em particular, possui propriedades neuroprotetoras e anti-inflamatórias que podem ajudar a reduzir esse tipo de dor. 

Benefícios que também se estendem a outras áreas, como sono e humor, que são bastante afetadas nos pacientes em período de tratamento. O CBD possui propriedades relaxantes e ansiolíticas que podem promover um sono mais tranquilo e melhorar o bem-estar mental dos pacientes. 

“Além disso, estudos em laboratório têm demonstrado que os canabinoides podem ter propriedades anticancerígenas, o que significa que eles podem ajudar a prevenir o crescimento e a disseminação de células cancerosas. No entanto, mais pesquisas são necessárias para entender o uso de canabinoides no tratamento do câncer e seus efeitos a longo prazo”, complementa a médica. 

Ela também acrescenta que o uso de canabinoides para o tratamento de câncer deve ser supervisionado por um médico qualificado e experiente em cuidados oncológicos. 

“Ainda há muito a aprender sobre o uso de canabinoides na oncologia, mas a pesquisa atual sugere que eles podem ter um papel importante no tratamento e no alívio dos sintomas associados ao câncer”, finaliza.

Consulte um profissional

É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.

Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.

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Tainara Cavalcante

Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.