A demência tem se tornado uma síndrome muito comum que não devemos considerar como parte do processo de envelhecimento, de acordo com a Organização Mundial da Saúde cerca de 47 milhões de pessoas no mundo tinham demência a partir de 2015. Dentre elas 63% vivem em países de média a baixa renda e esse número pode aumentar para 71% até 2050.
A palavra Demência se refere a uma síndrome com sintomas indesejados por qualquer pessoa como complicações em funções específicas do corpo: comunicação, desempenho diário e memória. A síndrome, não é categorizado como uma doença e é mais associada aos idosos, com a probabilidade de aumentar à medida que a pessoa envelhece.
Algumas demências entram em conflito com a doença de Alzheimer, mas é importante observar a diferença de que o Alzheimer é uma doença específica geralmente percebida em uma pessoa que está sob demência.
Geralmente os danos que a demência causa em uma pessoa vai além do paciente, mas se estende para os seus familiares.
Muitos pacientes, ao serem diagnosticados com síndrome de demência, são expostos a inúmeros medicamentos com funções para fornecer alivio.
Recentemente o tratamento de demência com uso de Cannabis tem ganhado atenção nacional em alguns países como é o caso da família Spier.
Alexander Spier, foi um sobrevivente de um Holocausto e se tornou proprietário de uma empresa nos Estados Unidos. Dois anos antes da sua morte causada por complicações relacionadas à doença de Alzheimer em 2017 foram, sem dúvidas, dolorosos para ele e sua família, e houve momentos tristes como deixar o lar duas vezes, exigindo que a família de Spier o transferisse para a Flórida para ter um centro de atendimento específico.
Atualmente a família toma conta da Spier Family Fundation, que fornece suporte a vários hospitais e pesquisas medicas.
“A missão do membro fundador da Spier Family Foundation, Alex Spier, era deixar o mundo um lugar melhor! Para cumprir esta missão, a Spier Family Foundation facilita programas que promovem a saúde da comunidade, educação adicional, apoiam nossos veteranos e beneficiam crianças e famílias. A Fundação dedica-se a melhorar o bem-estar das comunidades em que trabalhamos e vivemos.’’ by Spier Family Foundation.
O Dr. Rahul Khare é um médico e fundador e CEO da Innovative Express Care & Innovative Ketamine Care que trabalha nesses esforços, ele disse que seu trabalho inclui o estudo dos usos terapêuticos da cannabis medicinal e CBD para várias condições mentais e físicas.
O Dr. Khare explicou que em caso de sintomas agressivos por causa da demência, o mais comum é um paciente receber medicamentos como Lorazepam ou Diazepam (medicamentos psicotrópicos), para lidar com esse comportamento. O resultado final é uma pessoa que fica inconsciente de quatro a seis horas.
Em vez disso, o médico recomenda uma tintura de cannabis nas gengivas ou um spray nasal.
“É muito mais provável que os pacientes sejam compatíveis ao usar cannabis devido aos efeitos colaterais serem mais baixos do que outros medicamentos nesse caso de sintomas agressivos de demência”, explicou o Dr. Khare.
Outros acreditam que a maconha pode ser uma opção de tratamento nos casos em que outros métodos falham e não produz resultados.
Dr. Krista Lanctôt é professor da Universidade de Toronto e cientista sênior do Hurvitz Brain Sciences Research Program no Sunnybrook Health Sciences Centre fez comparações entre soluções médicas, padrão e canabinóides.
Ele declarou: “De fato, os medicamentos que tendem a ser os mais eficazes às vezes podem levar a derrame ou até a morte. Os canabinóides, por outro lado, interagem com o corpo de maneira diferente, ou seja, eles podem ser mais seguros e eficazes, em geral, para alguém que sofre de agitação. ”
O médico acrescentou: “Alguns dos efeitos da Cannabis podem até ajudar a reduzir a morte de células cerebrais”.
Apesar das descobertas de estudos individuais, uma associação positiva entre cannabis e tratamento de demência não pode ser feita no momento. Enquanto alguns médicos como o Dr. Khare acreditam que o CBD pode ajudar a acalmar um paciente e o THC pode agir como um sedativo rápido, outros se preocupam com a cognição geral do paciente.
Outros citaram a falta de estudos, muitos apontando para pouco ou nenhum efeito positivo. Os pesquisadores tiveram como objetivo fornecer maior clareza com uma análise própria. As descobertas de seu primeiro ensaio clínico usando canabinóides sintéticos como tratamento de Alzheimer foram divulgadas em julho de 2018. Os resultados afirmaram que o medicamento Nabilone (Canabinoide Sintético) pode ajudar a melhorar os sintomas de um paciente.
A equipe pretende um estudo mais extenso para ter melhores conclusões sobre a agitação enquanto determina se o Nabilone pode melhorar as condições de um paciente.
Como sempre, consulte um profissional médico antes de tratar a demência ou quaisquer condições relacionadas com a maconha.
Referências:
Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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