Quase 3 milhões de brasileiros usam maconha no Brasil

Os dados ainda destacam que o número de pessoas que usam maconha pode ser maior. Acredita-se que o mercado movimente algo em torno de R$4 a 11 bilhões

De acordo com um levantamento feito pela Kaya Mind em 2024, o Brasil tem pelo menos, 2,8 milhões de pessoas queusam maconha de forma regular. Número que pode ser ainda maior devido ao proibicionismo que impede as pessoas de responderem de forma sincera.

O estudo foi feito com o cruzamento de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Estatística), Datafolha, Data Senado, Fiocruz e alguns levantamentos feitos pela própria Kaya Mind.

A pesquisa não levantou só a estimativa de pessoas, mas também de consumo. Acredita-se que o mercado movimente anualmente algo em torno de R$4 e 11 bilhões de reais referente ao consumo de pelo menos, 1,378 toneladas da erva.

O levantamento também destacou que, além dos consumidores de maconha, estima-se que 18 milhões de brasileiros utilizam regularmente tabaco ou algum derivado.

Gastos com a proibição

O anuário ainda trouxe gastos públicos relacionados a proibição da maconha no país. Em 2023, por exemplo, foram cerca de R$6,1 bilhões apenas para a manutenção de presos condenados por tráfico de drogas.

Das mais de 850 mil pessoas presas no Brasil, quase um quarto cumprem pena por tráfico. Porém, 51% dos casos relacionados a maconha são por quantidades menores que 100g.

A situação da maconha no Brasil

Em junho de 2024 o STF (Supremo Tribunal Federal) descriminalizou o uso pessoal da maconha e ainda estabeleceu uma quantidade máxima de 40g para diferenciar o traficante do usuário.

Contudo, a venda a venda, a distribuição ou o cultivo ainda são ilegais e podem render até 15 anos de prisão.

Já quando falamos da cannabis medicinal, os pacientes só podem usar a substância para fins medicinais com prescrição médica. Eles podem adquirir os produtos em farmácias ou importá-los com autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Dessa forma, aumentou também o número de pessoas que usam maconha e entraram na justiça para conseguir o auto cultivo. Trata-se de um habeas corpus para produzir as próprias plantas para fazer o remédio.

A Kaya Mind registrou no STJ (Superior Tribunal de Justiça) um aumento de 8.000% nos pedidos entre janeiro de 2018 e agosto de 2024.

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