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TDAH e autismo: Quais as diferenças?



09/04/2025


Com o aumento de diagnóstico das duas condições tão parecidas, como saber o que é TDAH e autismo?

TDAH e autismo Quais as diferenças

TDAH e autismo Quais as diferenças

Transtornos do neurodesenvolvimento, como o TDAH e autismo, estão cada vez mais em evidência, tanto na mídia quanto nas consultas médicas. Apesar de apresentarem características que podem parecer semelhantes, esses dois diagnósticos são distintos e exigem abordagens específicas.

Compreender as diferenças entre TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e autismo (Transtorno do Espectro Autista) é fundamental para garantir o tratamento adequado e o desenvolvimento saudável da criança ou adulto diagnosticado.

O que é TDAH?

O TDAH é um transtorno neurobiológico caracterizado por três sintomas principais: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Ele costuma ser identificado na infância, mas pode persistir em adultos.

Crianças com TDAH têm dificuldade em manter o foco em tarefas, são facilmente distraídas, costumam agir por impulso e, muitas vezes, são muito agitadas.

As causas do TDAH envolvem fatores genéticos e alterações no funcionamento de áreas do cérebro ligadas à atenção e ao controle dos impulsos. O tratamento geralmente combina medicação com acompanhamento psicológico e intervenções educacionais.

O que é o autismo?

O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um transtorno do desenvolvimento que afeta a comunicação, o comportamento e as habilidades sociais. Ele pode se manifestar de forma leve, moderada ou severa, por isso o termo “espectro” é utilizado.

Entre os sinais comuns estão a dificuldade em interações sociais, interesses restritos, comportamentos repetitivos e sensibilidade a estímulos sensoriais.

Assim como no TDAH, o autismo tem origem multifatorial, com forte influência genética.

O diagnóstico precoce é essencial para o desenvolvimento de habilidades e melhora da qualidade de vida por meio de terapias específicas, como fonoaudiologia, terapia ocupacional e acompanhamento psicológico.

TDAH e autismo podem ser confundidos?

Sim. Muitos sintomas do TDAH e autismo podem se sobrepor, especialmente nos estágios iniciais da infância. Mas o TDAH e o autismo não são a mesma coisa.

Por exemplo, ambos os transtornos podem envolver dificuldades com atenção, impulsividade e comportamentos sociais. No entanto, a origem e a forma como esses sintomas se manifestam são diferentes.

A diferença entre TDAH e autismo, está nos sintom,as. No TDAH, a impulsividade e a desatenção são mais marcantes. Já no autismo, o que predomina são as dificuldades na comunicação social e os padrões restritos de comportamento.

Além disso, uma criança com TDAH tende a buscar interação social, mesmo que de forma impulsiva, enquanto uma criança com autismo pode demonstrar menos interesse por interações sociais desde cedo.

Contudo, embora o autismo tenha CID (Classificação Internacional de Doenças), quem tem TDAH não é especial.

Tem como ter autismo e TDAH juntos?

Sim, é possível. Estudos mostram que cerca de 30% a 50% das pessoas com autismo também apresentam sintomas de TDAH. Mas embora as condições possam andar juntas, o TDAH não é considerado autismo.

Essa condição é chamada de comorbidade, ou seja, a presença de dois transtornos simultaneamente. Nesses casos, o diagnóstico e o tratamento devem ser ainda mais cuidadosos, considerando as especificidades de cada condição.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico tanto do TDAH quanto do autismo é clínico, ou seja, baseado na observação de comportamentos, histórico de desenvolvimento e relatos da família e da escola.

Não existe um exame laboratorial que confirme o diagnóstico. O processo envolve uma equipe multidisciplinar, incluindo pediatra, neurologista, psiquiatra infantil, psicólogo e outros profissionais especializados.

Convivendo com TDAH e autismo

Receber o diagnóstico de TDAH ou autismo pode gerar medo e insegurança, mas o mais importante é lembrar que, com apoio e intervenção adequados, é possível ter uma vida plena.

Informação, paciência e empatia são essenciais para o desenvolvimento das crianças e adolescentes com esses transtornos.

A inclusão escolar, o suporte familiar e o acompanhamento terapêutico fazem toda a diferença. Ao compreender as diferenças entre TDAH e autismo, estamos mais preparados para oferecer suporte real e significativo às pessoas que convivem com essas condições.

O uso da cannabis serve para as duas condições

Nos últimos anos, a cannabis medicinal tem ganhado destaque como uma alternativa complementar no tratamento do TDAH, especialmente em casos onde os medicamentos tradicionais não oferecem resultados satisfatórios ou causam efeitos colaterais indesejados.

Compostos da planta, como o CBD (canabidiol), atuam no sistema endocanabinoide, que influencia funções como atenção, humor e impulsividade.

Estudos preliminares indicam que o CBD pode ajudar a melhorar o foco, reduzir a hiperatividade e promover maior estabilidade emocional em pessoas com TDAH, sem os efeitos colaterais estimulantes de alguns medicamentos convencionais.

No caso do autismo, a cannabis medicinal tem mostrado potencial em aliviar sintomas como agressividade, irritabilidade, ansiedade e distúrbios do sono — desafios comuns enfrentados por muitas pessoas dentro do espectro.

O canabidiol, por exemplo, não tem efeito psicoativo e vem sendo estudado por sua capacidade de modular o comportamento e facilitar a interação social.

Pais e profissionais relatam melhorias significativas na qualidade de vida de crianças e adolescentes com autismo que utilizam cannabis medicinal de forma controlada, sempre com prescrição médica e acompanhamento especializado.

Mês do autismo: Consulte um médico   

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Tainara Cavalcante

Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduada na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.