Diante de tantos problemas e frustrações da vida, tem se tornado cada vez mais difícil manter-se bem mentalmente. Diante disso, muitas pessoas acabam desenvolvendo o delírio.
O transtorno delirante, também conhecido como delírio, também o é a alteração do conteúdo do pensamento, em que não existem alucinações nem alterações da linguagem, mas em que a pessoa acredita fortemente numa ideia irreal.
Essa ideia irreal que leva ao delírio se torna intensa, mesmo quando já foi comprovado que não é verdade.
Na maioria das vezes o delírio surge isoladamente ou pode ser um sintoma de pessoas portadoras de psicose, abuso de álcool e drogas, após uma lesão cerebral ou na presença de outros transtornos mentais, por isso necessita de tratamento com o psiquiatra.
Os episódios de delírio podem durar de alguns minutos ou horas até semanas.
Normalmente, quanto mais novo o paciente, mais rápido ele se recupera.
Pacientes mais velhos ou com condições de saúde mais graves podem demorar mais tempo para se recuperar e ter momentos de delírio recorrentes.
Tipos de Delírios
Apesar de ser algo prejudicial de maneira geral, existem diversos tipos de delírios, mas os principais são:
Delírio de perseguição ou paranóia: Pacientes com esse tipo de delírio acreditam que estão sendo vítimas de uma perseguição, e afirmam que há inimigos que estão querendo matá-lo ou prejudicá-lo.
Delírio de grandeza: Neste caso, a pessoa acredita que é superior às outras pessoas, por ter um cargo importante ou por ter habilidades fantásticas.
Delírio de auto referência: Gera uma convicção na pessoa de que algum evento ou objeto, mesmo que insignificante, apresenta significado especial.
Delírio de ciúmes: O indivíduo tem convicção de que está sendo enganado pelo parceiro ou parceira, e passa a ver qualquer sinal, como olhares, palavras ou atitudes como uma prova da sua suspeita.
Delírio de controle ou de influência: A pessoa afetada acredita que as suas ações e o seu pensamento são controlados por uma outra pessoa, um grupo de pessoas ou forças externas.
Causas
Dentre as principais condições de saúde ligadas ao delírio estão:
- Desidratação;
- Infecções do trato urinário;
- Pneumonia;
- Infecções abdominais e de pele;
- Demência;
- Nutrição deficiente
- Esquizofrenia;
- Uso excessivo de medicações;
- Doenças graves ou em fase terminal;
- Período de abstinência das drogas;
Possíveis Sintomas
Os sintomas de delírio podem aparecer em pouco tempo e normalmente desaparecem, retornando durante o dia, então a pessoa pode passar algum tempo sem apresentar sintomas.
Alguns exemplos de sintomas do delírio incluem:
- Consciência diminuída;
- Incerta sobre o lugar ou os meios da chegada lá;
- Incapacidade de compreender a conversação e falar claramente;
- Alucinação auditiva;
- Agitação e desassossego;
- Sensação de que estejam tentando causar dano;
- Sentimento sonolento e lento;
- Insônia;
- Oscilações de humores;
- Concentração reduzida;
- Início agudo ou subacute;
- Déficits da memória;
- Movimento retardado ou aumentado
- Mudanças na sensação
- Incontinência
Tratamentos
O tratamento do delírio depende da causa, sendo, geralmente, necessário o uso de medicamentos antipsicóticos, como Haloperidol ou Quetiapina, por exemplo, antidepressivos e tranquilizantes, de acordo com cada caso..
Além do paciente, a família também pode necessitar de ajuda, sendo necessário orientar os familiares e sugerir grupos de apoio.
O avanço e evolução do delírio e o tempo de tratamento é variável podendo durar horas, dias, meses ou anos, o que depende da gravidade e das condições clínicas do paciente.
Além dos medicamentos e apoio à família, pode ser necessário usar de cuidados especiais para que o paciente se oriente, como:
- Manter relógios e calendários por perto;
- Manter o ambiente em que ele está o mais calmo o possível;
- Conversas regulares sobre lembranças do lugar e o tempo em que ele está;
- Manter os membros da família por perto e evitar a presença de estranhos;
- Não fazer barulhos nos momentos em que o paciente deve dormir;
- Manter o ambiente iluminado fracamente;
- Manter uma nutrição e hidratação adequada;
- Suprir a necessidade de equipamentos que se fizerem necessários;
Em casos em que as medicações podem estar ocasionando o delírio, o ideal é conversar com o médico sobre a possibilidade de diminuir as doses ou trocá-las, visando a melhor qualidade de vida do paciente.