Se você já nos acompanha, provavelmente já ouviu falar de diversas síndromes. Mas hoje vamos falar sobre uma síndrome rara, uma forma de epilepsia que se inicia na infância.
A Síndrome de West é caracterizada por crises epilépticas frequentes, na maioria atingindo o sexo masculino durante o primeiro ano de vida do bebê.
O período das primeiras crises normalmente acontecem entre os 3 e 5 meses de vida, embora o diagnóstico possa ser feito até os 12 meses.
Podemos dividi-las em 3 tipos, entre eles estão:
- Sintomática: o bebê apresenta uma causa, como a criança ter ficado muito tempo sem respirar ao nascer;
- Idiopática: é quando não se pode descobrir a causa e o bebê pode apresentar dificuldades no desenvolvimento motor, como sentar e engatinhar, normal;
- Criptogênica: é causado por alguma outra doença ou anormalidade cerebral;
O que leva a formação dessa síndrome?
Essa síndrome pode ser classificada em dois grupos. Os sintomáticos são aqueles que tiveram uma existência prévia de sinais de lesão cerebral por causas conhecidas, como:
- Malformações cerebrais;
- Infecções no sistema nervoso central;
- Hemorragias intracraniano;
- Erros do metabolismo;
- Condições genéticas como a esclerose tuberosa e a síndrome de Down.
Quais são as características?
Assim como qualquer outra síndrome, ela também apresenta características, nesse caso são:
Espasmos rápidos: Normalmente acontece ao despertar e no início do sono, acompanhados de gritos, risos ou choros, perda de consciência e hipotonia.
Esses espasmos podem aparecer ao esticar os braços ou pernas e também podem aparecer na forma de queda de cabeça. Além disso, os pais podem confundir esse sintoma com susto, cólica ou com o ato de se espreguiçar.
Atraso ou interrupção do desenvolvimento do lactente: Nesse caso, é importante ficar atento quando o bebê não sustenta o pescoço com período de 2 meses de vida, não rola o tronco com 4 meses, não senta sem apoio com 6 meses, ou sentava e de repente parou de sentar.
Em casos de criptogênico, é caracterizado pela falta de sinais prévios de lesão cerebral ou a etiologia não pode ser definida. Este tipo corresponde a 40% dos casos.
Outra curiosidade é que cerca de 90% das crianças com esta síndrome geralmente possuem retardo mental, autismo e as alterações bucais são muito frequentes.
Bruxismo, respiração bucal, má oclusão dentária e gengivite são as alterações mais comuns nessas crianças.
Mas afinal, existe algum tratamento?
O tratamento para Síndrome de West deve ser iniciado o quanto antes, porque durante as crises epiléticas o cérebro pode sofrer danos irreversíveis, comprometendo gravemente a saúde do bebê e o seu desenvolvimento.
Uma alternativa, é o uso de medicamentos como o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), além de fisioterapia e hidroterapia.
Geralmente, remédios como valproato de sódio, vigabatrina, piridoxina e benzodiazepínicos podem ser receitados pelo médico.
Existe cura para a síndrome de west?
Se você sabe a diferença entre síndrome e doença, já deve saber que não existe cura para síndromes. No caso da síndrome de west, não é diferente.
O que se pode fazer é controlar as crises que acontecem gradativamente ao realizar o tratamento corretamente.
Por esse motivo, vale relembrar que é importante diagnosticar e tratar a criança precocemente, já que o objetivo do tratamento é diminuir situações inesperadas e corrigir as anormalidades do cérebro.