40% dos portugueses que utilizam a cannabis são para problemas psicológicos

40% dos portugueses que utilizam a cannabis são para problemas psicológicos

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Segundo um levantamento europeu, o uso da cannabis para fins medicinais tem se tornado o principal foco, principalmente para condições da mente.

40% dos tratamentos com cannabis medicinal em Portugal, são voltados para tratar a ansiedade ou depressão, segundo um levantamento de um Inquérito Online Europeu sobre Drogas em 2021.

A pesquisa foi feita com pessoas acima dos 18 anos em mais de 30 países,  através do Observatório Europeu de Drogas e Toxicodependência.  

A partir dos resultados, concluiu-se que dois quintos dos consumidores de cannabis utilizam a planta como tratamento para ansiedade ou depressão.

Uso medicinal cada vez mais frequente

A pesquisa percebeu que o uso visando melhorias na saúde foi o principal foco. Para se ter uma ideia, 84% do público faz o uso para reduzir o estresse e 52% miram na melhora do sono

21% utilizam para um melhor desempenho acadêmico e 15% para tratar dores e inflamações

Contudo, a diversão ainda ocupa uma porcentagem grande. Cerca de 60% utilizam apenas para ficar “chapado”, e 36% para se socializar. 

Brasil não é diferente

O perfil dos consumidores no Brasil também mudou. De acordo com a  Associação Brasileira de Indústria de Cannabis (BRCann), em 2015, o uso da cannabis era mais comum para crianças com epilepsia de difícil controle. 

Há seis anos, as crianças de até 10 anos representavam cerca de 50% dos pedidos de importação. Mas o número caiu ao longo dos anos para 20%.

Por outro lado, a prescrição para pessoas com mais de 65 anos aumentou 7%, o que elevou a porcentagem para quase 24%.

“Em 2015, a cannabis medicinal era indicada basicamente para epilepsia refratária em crianças. Agora, há mais médicos prescrevendo para condições como Parkinson, Alzheimer, ansiedade e outras condições que acometem adultos e idosos”, diz o diretor-executivo da BRCann Tarso Araújo na época.

 

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