Viver com o Transtorno de Espectro Autista é perfeitamente normal. Contudo, é importante entender que ser diferente também gera problemas emocionais e sociais
Embora a sua descoberta seja relativamente recente, o TEA (Transtorno do Espectro Autista) é uma condição que já atinge cerca de dois milhões de brasileiros hoje. Sejam eles com níveis de suporte ou não.
Mas por não ser totalmente compreendido, o autismo gera estigmas que acabam refletindo na vida de quem precisa encarar isso de perto. Saúde mental, mercado de trabalho e convivência com a família, afetam profundamente até quem está ao redor.
De acordo com a pesquisa Retratos do Autismo no Brasil, desenvolvida pela Healthtech Genial Care com dois mil pessoas, é possível refletir sobre a realidade dos autistas no Brasil apenas com alguns fatos, como:
64% dos voluntários que responderam a pesquisa, afirmam que não tiveram contato prévio com o TEA antes do seu diagnóstico ou dos seus filhos. Por isso, o diagnóstico vem como uma coisa nova a se descobrir. E até se adaptar… demora!
O transtorno é genético, por isso, a chance de uma pessoa herdar o autismo dos pais é de 90%. O que faz 24,2% dos autistas, por exemplo, também serem cuidadores, responsáveis por uma criança com o diagnóstico.
Pessoas que, por muitas vezes, sentem culpa pela condição da criança. Cerca de 36% dos responsáveis se sentem culpados pelo TEA dos filhos. Inclusive, 79% não sentem segurança quando pensam no futuro.
Leia também: ‘É importante desmistificar o tratamento com CBD’, diz paciente com autismo
73% também relatam dificuldades financeiras para arcar com os custos do tratamento. Para se ter uma ideia, tratar uma pessoa com TEA pode ser mais caro até que tratar uma pessoa com câncer.
De acordo com a pesquisa, o índice de suicídio pode ser quatro vezs maior entre pessoas com autismo. 49% deles já tiveram compotamentos como autilesão e mutilação.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 85% dos profissionais com TEA permanecem fora do mercado de trabalho. Daqueles que trabalham, apenas 46% exercem em tempo integral.
O uso da cannabis pode ajudar a diminuir os sintomas do TEA, como irritabilidade, insônia e agressividade. E o melhor: de forma mais natural e com menos efeitos colaterais.
De acordo com um estudo realizado de 2015 a 2017, 30,1% dos quase 200 pacientes estudados tiveram uma melhora significativa. Outros 53,7% relataram uma melhora moderada.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
Copyright 2019/2023 Cannalize – Todos os direitos reservados
Solicitação de remoção de imagem
Termos e Condições de Uso