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Você já parou para pensar quantas espécies de cannabis existem? A resposta imediata é: são inúmeras cepas que podem ser divididas nos grupos: sativas, indicas e ruderalis.
Cada variedade da planta tem sua diversidade de efeitos no corpo e na mente, resultando em variados benefícios medicinais. Comparando por exemplo as duas primeiras espécies, que são as mais encontradas, as sativas costumam fornecer mais energia e as indicas uma sensação de relaxamento.
Conheça mais sobre cada uma delas e seus efeitos medicinais.
As cannabis do tipo sativa são naturais de regiões com climas quentes e secos. Essas plantas são altas e levam mais tempo para amadurecer.
Pensando em proporções, a cannabis sativa costuma apresentar quantidades menores de canabidiol (CBD) em comparação ao tetrahidrocanabinol (THC). Por esse motivo, a espécie é bastante associada ao uso adulto, uma vez que o THC em altas dosagens proporciona alterações psicoativas.
Pensando em propriedades medicinais, o cânhamo é produzido com quantidades menores desse componente, assim é usado para a formulação de produtos à base de cannabis.
Conheça as diferenças entre CBD e THC no vídeo abaixo.
Já a cannabis do tipo indica possui folhagens menores e mais largas, crescendo mais rápido que a sativa. Essas cepas geralmente apresentam níveis mais altos de canabidiol.
A cannabis ruderalis não costuma produzir efeitos potentes, porém cresce rapidamente e se adapta a ambientes mais frios ou com pouca luz do sol. Os efeitos dos fitocanabinoides não são suficientes para reações terapêuticas, portanto os produtos à base da espécie podem precisar de dosagens maiores na composição.
São inúmeros os potenciais terapêuticos da cannabis, e estes podem ser diferentes de pessoa para pessoa. Portanto, o tratamento sempre deverá ser iniciado com uma consulta com um profissional de saúde habilitado a prescrever os produtos.
O impacto de cada fitocanabinoide (ou de suas combinações) é sentido pelo sistema endocanabinoide, descoberto na década de 1990 e presente em todos os seres humanos. Portanto, uma cepa de cannabis que naturalmente produz mais THC, como é o caso da sativa, pode causar reações diferentes em cada paciente.
Para saber mais sobre este sistema, continue a leitura.
Podemos entender o sistema como uma funcionalidade do organismo que ajuda a regular várias funções do organismo.
Os endocanabinoides trabalham através de presentes em quase todo o corpo, incluindo nos sistemas nervoso e imunológico. Quando algo precisa ser corrigido, esses receptores são alertados, e a cannabis possui componentes que conseguem trabalhar de maneira parecida com os nossos.
Um exemplo de produto rico nessas substâncias é o óleo à base de de cannabis, que pode ser agrupado em classes: espectro completo, espectro amplo e isolado.
Saiba mais: Como o óleo de cannabis é extraído?
O tratamento com cannabis ainda está sendo descoberto, porém, cientistas do mundo inteiro vêm testando formulações através de estudos e hoje a escolha já é uma realidade.
Sabe-se que o canabidiol possui ação analgésica, ansiolítica e antidepressiva, podendo ser uma solução para substituir alguns fármacos convencionais que causam efeitos colaterais adversos, como a dependência. Além disso, é um bom estimulante ósseo e tem efeito imunomodulatório, ou seja, acelera a resposta do organismo para combater vírus, bactérias e doenças em geral.
O THC também pode tratar algumas condições de saúde, geralmente acompanhando outros canabinoides. Trata-se de um relaxante muscular que possui propriedades analgésicas e anti-inflamatórias. Combinado com o CBD, pode ter papel fundamental para regular a dopamina, substância responsável pelas emoções e pelo humor – e também é uma opção para estimular a fome.
Quais patologias podem ser tratadas?
Em 2023, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou uma Nota Técnica que aborda as evidências científicas já registradas sobre tratamentos com derivados de cannabis. Segundo os pesquisadores da instituição, as pesquisas apresentam diferentes níveis de evidência, ou seja, para algumas condições de saúde há mais bases científicas do que outras.
Alguns resultados são conclusivos e apontam a eficácia dos fitocanabinoides para na melhora de dores crônicas, espasticidade muscular, transtornos neuropsiquiátricos, vômitos e perda de apetite ligados ao tratamento com quimioterapia.
A Fiocruz afirma que mais estudos devem ser feitos no Brasil e no mundo para comprovar que o tratamento com cannabis é eficaz e seguro.
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A Cannect é o maior ecossistema de cannabis medicinal da América Latina, assumindo o compromisso de conectar médicos, cirurgiões-dentistas, profissionais da saúde, pacientes, instituições de saúde, pesquisadores e fabricantes de medicamentos.
Promovemos o acesso ao tratamento com base em evidências científicas disponíveis na literatura, garantindo a segurança dos pacientes.
Além disso, oferecemos uma série de soluções voltadas para viabilizar a prática clínica dos prescritores e, assim, facilitar seu dia a dia com os pacientes.
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