Cientificamente chamado de ácido tetrahidrocanabinólico (ou apenas THCA) é a versão anterior do tetrahidrocanabinol (THC), ou seja, é substância que passa pelo processo de secagem ou descarboxilação antes de virar THC.
Na composição da cannabis existem mais de 500 substâncias, incluindo fitocanabinoides, terpenos e flavonoides. Pensando em quantidades, existem fitocanabinoides mais presentes, assim como alguns que derivam de outros.
O THC é um exemplo disso. Trata-se de um componente grande conhecido por causar os efeitos psicoativos da planta e que é gerado a partir do THCA.
O mesmo acontece com o canabidiol (CBD), que é gerado a partir do ácido canabidiólico (CBDA) e é a substância mais estudada pela Ciências por suas propriedades medicinais.
O ácido tetrahidrocanábinólico e todos outros fitocanabinoides gerados a partir dele são encontrados principalmente nos tricomas da planta. Tricomas são estruturas presentes nas extremidades e podem ser comparados aos pêlos. A função desta parte da cannabis é fornecer a autodefesa.
Além disso, um estudo publicado em 2015 analisou a estrutura dos tricomas e apontou que estes também contém fragmentos de CBDA e do ácido canabigerólico (CBGA), que pode ser considerado a mãe de todos os outros fitocanabinoides.
Consequentemente, o THC também é gerado nos tricomas e atingem essa composição por secagem natural ou por aquecimento.
Segundo a Kaya Mind, empresa brasileira de dados sobre cannabis, o THCA não apresenta efeitos psicoativos e intoxicantes, e pode desempenhar diferentes propriedades terapêuticas. Ele se assemelha mais ao CBD em sua forma original e é uma substância extremamente pura.
Dessa forma, a interação do ácido com outros terpenos, por exemplo, praticamente não existe antes da secagem. Sendo assim, em comparação com seu derivado, é mais fácil produzir produtos isolados a partir do THCA.
O THCA contém enzimas que controlam a psicoatividade da cannabis, estas que também são armazenadas nos tricomas.
Na maioria das cepas de cannabis testadas em laboratório, o fitocanabinoide mais abundante provavelmente será o THCA, que pode chegar a níveis de até 20% da composição da planta.
Em produtos selecionados para fins medicinais, as concentrações de cannabis serão preservadas apenas nos do espectro completo, porém, com apenas 0,3% do valor, o que não é suficiente para causar efeitos psicoativos.
Ainda existem poucos estudos sobre o uso medicinal do THCA, porém, os resultados recentes estão apontando que ele pode ser um bom anti-inflamatório, assim como o THC. Artrite e lúpus são duas doenças que podem ser tratadas com este componente.
O THCA também pode desempenhar funções anti-eméticas, ou seja, é possível tratar náuseas e melhorar o apetite. É uma solução para pessoas que estão com problemas alimentares ou que precisam comer mais para atingir objetivos específicos.
Como tratamento para doenças neurodegenerativas, o fitocanabinoide pode resgatar déficits de memória e diminuir o avanço do Alzheimer, segundo um estudo. Segundo os pesquisadores, a substância consegue penetrar o sistema nervoso central e produzir estímulos que ajudariam na recuperação da memória.
Antes de comprar qualquer produto à base de cannabis, será necessário encontrar um profissional de saúde que avaliará sua condição, e assim, escreverá sua prescrição. Na Cannect, te conectamos a estes profissionais através da nossa plataforma de Agendamento de Consultas.
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Andrei Semensato
Jornalista pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Produz conteúdos sobre Política, Saúde e Ciência. Também possui textos publicados nos blogs da Cannect e Dr. Cannabis.
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