Profissionais de saúde que desenvolvem práticas de cuidado por meio da medicina integrativa, cuidam dos pacientes pensando em todo o organismo. A atuação abrange aspectos físicos, psicológicos e sociais de cada ser humano.
O objetivo da medicina integrativa é poder tratar não apenas as complicações de saúde relatadas pelos pacientes, mas também trazer maior qualidade de vida para o dia a dia. Com essa abordagem, é possível incluir dietas alimentares, meditação, exercícios físicos ou respiratórios, massagens e acompanhamento por um psicólogo.
No Sistema Único de Saúde (SUS), a medicina integrativa ainda é relativamente nova, sendo que a Portaria Nº 849 de 2017 do Ministério da Saúde incluiu entre os serviços oferecidos algumas práticas como arteterapia, biodança e Terapia Comunitária Integrativa.
Uma vez que a medicina integrativa não trata apenas as queixas relatadas no consultório médico, são elaboradas formas de trazer mais qualidade de vida pensando na rotina e na condição corporal de cada paciente.
A medicina integrativa pode ser aliada por exemplo do tratamento da obesidade, e para a realidade brasileira isso pode ser fundamental.
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 2023, apontam que a obesidade atinge 6,7 milhões de pessoas no Brasil. Dividindo em grupos, a obesidade de grau I está presente em 20% desta parcela, enquanto a de segundo grau quase 8%. Já o sobrepeso atinge atualmente 31%
Além disso, uma outra pesquisa indicou que 17,1% dos jovens apresentavam IMC (Índice de Masa Corporal) igual ou acima de 30 kg/cm – quantidade que representa obesidade. Uma das justificativas disso é que só 36,9% dos jovens de 18 a 24 anos praticam 150 minutos semanais de exercícios, como o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
A medicina integrativa orienta o paciente em todas as etapas do processo de diagnóstico e do seu autoconhecimento, de forma a colocá-lo como protagonista do seu tratamento.
Dessa forma, o processo de recuperação passa pela identificação de todos os aspectos que podem ter levado à enfermidade.
Nesse sentido, cada profissional de saúde atua como uma parte do processo da medicina integrativa, cabendo ao paciente seguir as orientações recebidas para o sucesso do seu tratamento. E assim, é possível inserir a cannabis como um tratamento complementar, ou até mesmo como uma ferramenta que consiga substituir um medicamento que não esteja mais surtindo efeito.
Na prática, qualquer médico pode exercer a medicina integrativa, independente da sua especialidade. O importante é atuar de forma incoporada com outros profissionais, a fim de promover um tratamento mais completo.
É importante lembrar que o médico não faz tudo sozinho. A prática integrativa também abrange outras especialidades, como fisioterapia, fonoadiologia, enfermaria e até educadores físicos, que podem promover um tratamento completo.
Aromaterapia, yoga, cromoterapia e acupuntura, são terapias complementares que podem ajudar em um tratamento individualizado, por exemplo.
De acordo com a médica do esporte, Dra. Jessica Durand, uma particularidade das consultas com cannabis é a abrangência do tratamento. Isso porque as questões avaliadas pelos profissionais de saúde vão além da patologia ou incômodo sentido pelos pacientes.
O histórico de vida de cada indivíduo, que inclui ligações familiares, qualidade da alimentação e do sono e a prática de atividades físicas são alguns pontos importantes levados em conta pelos prescritores.
Pensando em coincidências entre a terapia canabinoide e a medicina integrativa, uma evidência é que ambos regulam o mesmo mecanismo: o sistema endocanabinoide.
Trata-se de um sistema que trabalha a nível molecular restaurando a homeostase, ou seja, o equilíbrio de várias funções do corpo como fome, humor, sono, sistema nervoso e por aí vai.
A interação entre dieta, fatores ambientais, comportamentos saudáveis e o sistema endocanabinoide pode desempenhar um papel crucial na manutenção do bem-estar e da qualidade de vida, além de prevenir o surgimento de novas patologias.
Dessa forma, integrar outros tratamentos e outras especialidades podem ser fundamental para um resultado ainda mais efetivo com a terapia canabnoide, uma vez que a cannabis atua na regulação dos sistemas do organismo.
Para muitos pacientes, o tratamento com a cannabis já se inicia como a esperança para condições médicas diversas, como dor crônica ou epilepsia.
No entanto, a escolha entre tratamentos convencionais e a cannabis não é simples. Essa decisão é geralmente influenciada por vários fatores, incluindo a eficácia comprovada, a gravidade da condição e os efeitos colaterais do tratamento.
Dosagens adequadas e o gerenciamento dos efeitos adversos são fundamentais, uma vez que variam de pessoa para pessoa. Encontrar o equilíbrio ideal pode garantir a eficácia e minimizar efeitos indesejados, como sonolência, boca seca ou alterações de humor.
Por isso, é fundamental encontrar um profissional de saúde que acompanhe o seu tratamento e adeque a cannabis ao seu dia a dia.
Na Cannect, promovemos o acesso à terapia canabinoide com base em evidências científicas, garantindo a segurança dos pacientes. Nossa missão é tornar a cannabis medicinal acessível para cada vez mais pessoas.
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Andrei Semensato
Jornalista pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Produz conteúdos sobre Política, Saúde e Ciência. Também possui textos publicados nos blogs da Cannect e Dr. Cannabis.
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