De acordo com definição da Sociedade Brasileira de Reumatologia, a fibromialgia é uma síndrome clínica e crônica que pode causar dores intensas em todas as partes do corpo. A condição de saúde afeta cerca de 5% da população entre 18 e 65 anos, sendo a maioria dos casos em mulheres.
No Brasil, a fibromialgia convive com 3% dos habitantes, ou seja, quase 7 milhões de brasileiros. Uma característica da doença é ser uma síndrome “silenciosa”, e por isso, é importante identificá-la nos primeiros sinais.
Mas como a cannabis pode ser associada ao tratamento da fibromialgia? É possível dizer que as propriedades analgésicas e anti-inflamatórias de alguns fitocanabinoides estão sendo estudados como redutores da dor.
Você poderá descobrir mais sobre suas aplicações no texto a seguir.
A fibromialgia é uma doença crônica e sem cura. É caracterizada principalmente por dores fortes por todo o corpo e, muitas vezes, está relacionada com fatores emocionais, como ansiedade, depressão, estresse e burnout.
Além de ser uma síndrome com causas não muito bem definidas, às vezes o local exato das dores pode ser indefinido, variando das articulações para os músculos.
Por esse motivo, ainda não existem exames que consigam identificar a origem da dor.
Alguns sintomas da fibromialgia podem ser levados em consideração, mas é importante ressaltar que eles variam de paciente para paciente. Listamos alguns abaixo:
• Sensibilidade ao frio;
• Diarreia ou prisão de ventre;
• Produção excessiva de suor;
• Vontade frequente de urinar;
• Cansaço e fadiga;
• Dores em diferentes locais do corpo que sejam recorrentes por pelo menos três meses
Os tratamentos disponíveis hoje costumam começar a partir de “exames eliminatórios”, onde o paciente realiza testes para doenças que também causam dores. Assim, é analisado se as dores relatadas são decorrentes da fibromialgia ou de outras condições de saúde.
Se identificada a fibromialgia, as medicações podem ser uma forma de reduzir as dores, mas nem sempre a única solução.
Segundo a médica do esporte, Jéssica Durand, a resposta farmacêutica é “modestamente eficaz” se não acompanhar um modelo de vida mais saudável. O exercício físico regular também deve ser considerado, pois além de prevenir a contração dos músculos, pode exercer efeitos no controle da dor, depressão, ansiedade e qualidade do sono.
Leia mais: O papel do exercício físico e da cannabis na fibromialgia
Após uma série de diagnósticos que confirmem a relação da fibromialgia com fatores emocionais, o uso de antidepressivos auxilia na regulação dos neurotransmissores.
Contudo, esse método é direcionado a alterações no humor e pode trazer alguns efeitos colaterais.
A cannabis já é conhecida para tratar dores crônicas, e para a fibromialgia ela vem sendo testada como uma possível solução, embora os estudos não sejam conclusivos.
Resultados positivos são demonstrados pelo poder da planta em reduzir o uso de opioides consideravelmente, segundo um estudo realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Dos pacientes que participaram da pesquisa, 64% relataram uma redução nas drogas pesadas para a dor. 45% dos participantes ainda acrescentaram uma melhora na qualidade de vida, resultado de poucos efeitos colaterais e diminuição dos efeitos internos causados por outros medicamentos.
Outro estudo procurou entender se 367 pacientes de idade média de 52 anos e com diagnóstico para fibromialgia poderiam ser tratados com cannabis. 80% deles obteve resposta ao tratamento com redução de dores generalizadas.
Alguns efeitos adversos também foram registrados, como tontura, boca seca e sintomas gastrointestinais.
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Andrei Semensato
Jornalista pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Produz conteúdos sobre Política, Saúde e Ciência. Também possui textos publicados nos blogs da Cannect e Dr. Cannabis.
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