A pesquisa ainda trouxe mais evidências sobre o uso de cannabis para essa faixa etária que é pouco explorada pelos cientistas
Um novo estudo sobre os impactos da cannabis medicinal em adultos mais velhos descobriu que os produtos à base de cannabis podem oferecer diversos benefícios terapêuticos, incluindo saúde, bem-estar, melhora do sono e humor.
Os autores também observaram reduções consideráveis na gravidade da dor entre pacientes mais velhos.
A pesquisa, publicada no último mês no periódico Drugs and Aging, ainda tinha o objetivo abordar o que os autores chamam de “uma escassez geral de pesquisas de alta qualidade” sobre cannabis e adultos mais velhos.
Além de ser uma alternativa metodológica para incluir pessoas com mais de 65 anos de ensaios clínicos, em um momento em que pacientes mais velhos estão cada vez mais recorrendo à cannabis medicinal.
A equipe de pesquisa da organização Drug Science, sediada no Reino Unido, e do Centro de Neuropsicofarmacologia do Imperial College London, analisou dados do T21, um “grande estudo observacional de indivíduos que buscam cannabis prescrita para uma série de condições primárias no Reino Unido”, que foi lançado em 2020.
“Houve melhorias consistentes em todas as medidas de saúde geral e bem-estar após 3 meses de tratamento. Também houve reduções consideráveis na gravidade da dor e na interferência da dor.” Escreveram no artigo.
Os resultados dos pacientes foram medidos por autorrelatos de qualidade de vida, saúde geral, humor e sono.
Parece que os indivíduos mais velhos experimentam uma melhora considerável na saúde e no bem-estar quando recebem prescrição de medicamentos à base de cannabis.
“Embora a extensão da melhora na qualidade de vida e no humor tenha sido menor para indivíduos mais velhos do que para aqueles com menos de 65 anos, ainda foi substancial e, junto com melhorias na saúde geral e no sono, sugere que indivíduos mais velhos podem obter múltiplos benefícios à saúde.” Escreveram.
Houve algumas diferenças notáveis entre os grupos de pacientes mais jovens e mais velhos pesquisados no novo estudo.
Por exemplo, uma proporção maior de pacientes mais velhos era do sexo feminino, e foram as que mais relataram dor crônica como condição primária e mais probabilidade de estarem tomando vários medicamentos prescritos.
Elas eram menos propensas, no entanto, a ter usado maconha ou usá-la diariamente antes do início do tratamento.“Essas análises indicaram uma redução substancial na gravidade da dor.”
Em termos de produtos prescritos, pacientes com mais de 64 anos eram “mais propensos a receber óleo predominantemente CBD e menos propensos a receber flores predominantemente THC por prescrição”.
“Embora parecesse que a extensão das melhorias no humor e na qualidade de vida era menor em pessoas com 65 anos ou mais em comparação com indivíduos mais jovens, as melhorias foram consideráveis e contribuem para nossa compreensão atualmente limitada da cannabis medicinal em indivíduos mais velhos.” Escreveram no relatório.
Texto: Marijuana Moment adaptado
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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