Contrariando o senso comum, estudos recentes têm demonstrado que os compostos da Cannabis atuam não apenas de forma a proteger células cerebrais, como também fortalecem o surgimento de novos neurônios, atuando como um neuro protetor.
Através da sua atuação no sistema endocanabinoide, o CBD e o THC, principalmente, previnem inflamações e fortalecem o surgimento de células novas e sadias, por possuírem características anti-inflamatórias e antioxidantes.
E, justamente por todas essas características, que o uso desses produtos tem sido recomendado no tratamento da Esclerose Múltipla (EM).
A EM é uma doença autoimune causada pela perda da mielina, que é a substância responsável por fazer o impulso nervoso percorrer os neurônios.
Ela se caracteriza pela imprevisibilidade, uma vez que a mielina está presente em todo o sistema nervoso central e não é possível prever em que área exatamente a desmielinização ocorrerá. Por isso, os sintomas podem variar muito.
Com a ocorrência desse processo, esses pontos atingidos vão inflamando e gerando cicatrizes que, com o passar do tempo, geram um acúmulo de incapacitações neurológicas e as células cicatrizadas deixam de cumprir sua função original. É uma doença que costuma se manifestar pela primeira vez entre 20 e os 50 anos e que, apesar de não ter cura e nem ter as causas conhecidas, tem avançado na garantia de uma qualidade de vida dos pacientes.
Dos 40 mil brasileiros que têm EM, estima-se que apenas 30% deles necessitam de cuidados de terceiros, embora 40% não estejam trabalhando, de acordo com a pesquisa realizada pelo Centro de Inovação SESI Higiene Ocupacional.
Eles afirmam ainda que “nos últimos quatro anos, foram concedidos 7.300 benefícios para pessoas com a doença no País, sendo 1.860 por invalidez – 3 em cada 4 delas se aposentaram antes dos 50 anos”. Mas muito desse abandono do ambiente de trabalho é devido à inflexibilidade do mesmo. Ao não permitir a maleabilidade da jornada de trabalho, o paciente se vê muitas vezes descriminado e seus sintomas, como fadiga intensa, disfunção da bexiga e visão embaçada, interferindo na sua produtividade.
A atuação dos compostos da Cannabis, principalmente o CBD, podem auxiliar regulando a produção de dopamina e reduzir o nível dos sintomas causados pela EM. Com isso, se restauraria uma qualidade de vida maior, mantendo a independência dos pacientes e, sem contar talvez um retardo na progressão da doença para níveis mais crônicos.
Essa melhora pode significar uma economia para os cofres públicos, uma vez que o INSS gasta cerca de R$410 milhões por ano com aposentadorias e afastamentos devido à EM.
Mas no fim, nós sabemos que garantir uma estrutura adaptável à realidade do portador de EM possibilita que ele se sinta mais incluído e ganhe autoestima em sua inserção social. Às vezes, uma simples mudança como permitir que o funcionário faça mais pausas pode garantir que ele continue trabalhando com o mesmo afinco.
Em tempos de pandemia, em que estamos revendo tantos protocolos e pensando em novas possibilidades, inserir na pauta a condição e adaptação é importante para incluir esses trabalhadores nesses novos modelos de trabalho.
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Fontes:
https://hellomd.com/articles/how-cannabis-works-to-protect-and-repair-the-brain
http://www.abem.org.br/o-mapa-da-esclerose-multipla/
https://antigo.saude.gov.br/images/pdf/2019/outubro/10/PCDT-Esclerose-M–ltipla.pdf
Fernando Nicolay
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