Nísia Trindade criticou o preconceito sobre o tema e contou que testemunhou melhoras na saúde de pacientes que foram tratados com canabidiol durante entrevista à Globo News.
Na última terça-feira (17), a ministra da saúde Nísia Trindade deu uma entrevista ao jornalista Roberto D’Ávila em seu programa na Globo News. A ministra é a primeira mulher a assumir a pasta, e, antes de ser empossada, exercia o cargo de presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
A entrevista abordou diversos assuntos, entre eles o fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde) com a presença de Nísia chefiando o ministério, além dos desafios de assumir um cargo desta importância, principalmente devido aos desacertos do último governo.
Entre os temas abordados, a cannabis medicinal esteve presente.
Roberto D’Ávila questionou sobre o preconceito que o tema sofre, e Nísia respondeu que isto precisa ser quebrado.
“Existe muita evidência científica, e vários países do mundo a utilizam para tratamentos para epilepsia, Alzheimer e outros problemas de saúde. Precisamos das evidências científicas, do diálogo com a sociedade, para romper com os preconceitos e cuidar, que é a nossa palavra-chave.”
A ministra ainda comentou que testemunhou a melhora de pacientes que usaram o canabidiol.
“Convivi de perto com este problema com as crianças afetadas pela síndrome congênita de Zika, que sofrem convulsões em períodos muito curtos e é um sofrimento enorme. A administração do canabidiol permitiu uma melhora na qualidade de vida com impacto para toda a família.”
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Você pode assistir a entrevista na íntegra por aqui.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita médica.
Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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