Sem dúvidas você já sentiu algum enjoo depois de comer ou beber algo, seja em um curto ou longo período e já procurou medicamentos para amenizá-los. Mas você já ouviu falar do Domperidona?
Esse medicamento, basicamente, é usado para tratar a má digestão, a náusea e os vômitos de adultos e crianças, por períodos inferiores a uma semana.
Ele pode ser encontrado em genérico, está disponível sob a forma de comprimidos ou suspensão oral e pode ser comprado em farmácias, conforme a apresentação da receita médica.
Apesar de ser um medicamento seguro e com baixo potencial de provocar de efeitos adversos, a domperidona pode estar associada a um risco aumentado de arritmias cardíacas graves, principalmente quando são usadas doses diárias acima de 30 mg ou quando o fármaco é utilizado em pacientes com mais de 60 anos.
Com isso, podemos concluir que esse medicamento deve ser usado de forma segura e com acompanhamento médico.
Ações e indicações
A domperidona é um medicamento com ação antidopaminérgica, pois ele age impedindo a ligação do neurotransmissor dopamina ao seus receptores D2.
Essa interferência entre a ligação da dopamina aos receptores D2 pode causar os seguintes efeitos:
- Aumento da peristalse do esôfago: Acelerando a passagem dos alimentos em direção ao estômago.
- Aumento da pressão do esfíncter inferior do esôfago: Diminuindo o risco de refluxo gastroesofágico.
- Aumento da motilidade gástrica e do duodeno: Acelerando o esvaziamento do estômago.
- Ação antiemética: Diminuindo as náuseas e vômitos.
- Aumento da secreção de prolactina: O hormônio responsável pela produção de leite.
- Bloqueia os efeitos adversos dos medicamentos à base de dopamina, como a levodopa (L-dopa) e bromocriptina
Portanto, considerando os efeitos descritos acima, a domperidona costuma ser indicada nas seguintes situações clínicas:
- Tratamento das náuseas e vômitos;
- Refluxo gastroesofágico;
- Azia;
- Gastroparesia;
- Distensão abdominal;
- Excesso de gases;
- Dispepsia;
- Indução da lactação em mulheres com problemas para produzir leite;
- Controle dos sintomas adversos do tratamento da doença de Parkinson.
Mas existem efeitos colaterais?
Quando se trata de efeitos colaterais, os mais comuns que podem ocorrer durante o tratamento com domperidona são os seguintes:
- Diminuição do apetite sexual;
- Dor de cabeça;
- Sonolência;
- Inquietação;
- Diarreia;
- Erupção cutânea;
- Coceira;
- Aumento e sensibilidade das mamas;
- Ausência de menstruação;
- Dor nas mamas;
- Fraqueza muscular.
Contraindicações
A preocupação da maioria das pessoas diante de um medicamento são os seus efeitos colaterais, por isso é sempre bom saber quais são as contraindicações.
No caso da domperidona não deve ser consumido por pacientes com as seguintes características:
- História de alergia a qualquer um dos componentes da fórmula;
- Alterações no eletrocardiograma;
- Doenças cardíacas;
- Hemorragia gastrointestinal;
- Insuficiência hepática moderada a grave;
- Existência de prolactinoma;
Mesmo que seguros em animais, não existem estudos em humanos que atestem a segurança da domperidona durante a gravidez.
Contudo, o seu uso deve ser evitado em gestantes. Pelo mesmo motivo, o uso durante a amamentação também é desaconselhado.
Devido ao risco de arritmias cardíacas, este medicamento deve ser utilizado com cuidado por pessoas com mais de 60 anos.
Como tomar
Essa medicação deve ser tomada 15 a 30 minutos antes das refeições e, caso seja necessário, antes de dormir.
Para adultos e adolescentes com peso superior a 35 Kg, é recomendada a dose de 10 mg, 3 vezes ao dia, por via oral, não devendo passar da dose máxima de 40 mg.
Em bebês e crianças com menos de 12 anos ou com um peso inferior a 35 Kg, a dose recomendada é de 0,25 mL/kg de peso corporal, até 3 vezes por dia, por via oral.